Crédito: Reprodução

Em entrevista ao podcast Mundo GV, Zico condenou a decisão de Vítor Pereira em sacar Arrascaeta e Everton Ribeiro no Mundial de Clubes. Diante do Al Hilal, após a expulsão de Gerson, o técnico precisou mexer no time, mas a escolha de tirar a dupla de craques não foi aprovada pelo maior ídolo do Rubro-Negro. Neste contexto, o ex-jogador apontou que ambos os atletas são indispensáveis em campo e só podem ser substituídos em último caso.
Na sequência, Zico destacou que Al Hilal ficou mais tranquilo sem a preocupação de marcar Arrascaeta e Everton Ribeiro. Dessa forma, uma possível falta de conhecimento sobre o histórico recente do Flamengo foi atrelada ao trabalho de Vítor Pereira, tendo em vista o retrospecto alcançado com Jorge Jesus.
“O Jorge Jesus pouco perdeu quando estava o Everton Ribeiro e o Arrascaeta juntos. Vê quantas partidas o Flamengo perdeu com o Everton Ribeiro e o Arrascaeta. O Jorge Jesus quase foi obrigado a tirar os dois na final contra o Liverpool. Enquanto estava os dois (em campo), estava pau a pau. Os dois preocupam o adversário, podem não estar bem, mas, em uma jogada, coloca na cara do gol. Eu acho que aconteceu a mesma coisa, perdeu a criação. Ficou um vazio entre o meio-campo e os atacantes. Talvez seja uma falta de conhecimento da estatística. Tem que saber analisar certos jogadores em todos os sentidos: como o time reage com a saída dele e como reage com ele em campo, mesmo jogando em mal. Se você tira uma referência, o adversário fica tranquilo e cresce de produção. Ao meu ver, é um erro claro da falta de conhecimento da história vencedora do clube“, disse.
Sobre o primeiro duelo da final do Carioca, Zico acredita que o Flamengo poderia estar em posse de uma vantagem maior. Isso porque o Fluminense, depois da expulsão de Samuel Xavier, ficou exposto em campo, mas o Rubro-Negro acabou apresentando uma falta de agressividade.
“Eu acredito que nesse jogo contra o Fluminense, quando o Flamengo fez 2 a 0, tinha que tentar fazer três e aumentar a vantagem. Tinha condição disso. Estava com quatro caras frescos no jogo, um jogador a mais, ganhando de 2 a 0, o adversário estava nas cordas e querendo que passe o tempo. Tinha que ir pra cima”, analisou.