Desde que chegou ao Flamengo o diretor-executivo de futebol, Paulo Pelaipe, aprendeu a conviver com os agitados bastidores do clube que sempre indicam sua saída. De fato, o dirigente encontra resistência em alguns membros da diretoria, mas seu trabalho ainda conta com o respaldo do vice de futebol, Wallim Vasconcellos. Incomodado com notícias que sacramentam sua saída do clube, o diretor alfinetou possíveis substitutos.
"O mercado ferve, tem alguns executivos fora do mercado e começam a plantar. E são figurihas carimbadas, todos os anos fazem isso. Não preciso disso, fazer lobby na imprensa para trabalhar. Se eu não ficar no Flamengo, tenho lugar para trabalhar", afirmou Pelaipe.

LEIA MAIS
Fla tem voo com piadas, assédio de torcedores e tietagem de comandante de avião
XV de Piracicaba informa ao Fla ter documentos que resolverão caso de Paulinho na Fifa
Fla treina com portões fechados e pode ter mudança para a final
Entrevista - Andrade: 'Vão falar em Guardiola e Mourinho, mas o momento é do Jayme'
Léo Moura e Wallim negam desentendimento por valor de bicho

Um dos nomes cogitados para assumir uma possível vaga de Pelaipe é o de Felipe Ximenes, que deixou o Coritiba neste ano. No início do ano, a diretoria do Flamengo chegou a pensar no seu nome para a vaga, mas acabou definindo a escolha por Pelaipe por acreditar que necessitava de um dirigente mais experiente com o mercado. Eduardo Maluf, atualmente no Atlético-MG, também era outra opção. Alexandre Mattos, do Cruzeiro, também é comentado.

O acordo de Paulo Pelaipe com o Flamengo se encerra no fim desta temporada. A avaliação terá como base, também, o resultado da final da Copa do Brasil. Há a possibilidade de permanência do dirigente, vista como difícil durante a fase de vacas magras na temporada, principalmente após a demissão de Mano Menezes. Mas o dirigente vê até mesmo pressão interna em sua situação.

"Meu contrato é claro, transparente, não tem multa rescisória. Existe uma confiança da direção. Sou o executor de uma política de futebol e estamos contrariando algumas coisas dentro do clube. O Flamengo hoje tem um time que praticamente sem os melhores e maiores empresários do futebol brasileiro. Isso acabou. Quando a gente corta privilégio alguns incomodados que querem voltar a ter regalias do passado querem mudar", afirmou o diretor executivo.