Com a demissão do treinador português Vítor Pereira, a grande dúvida que fica no ar para o torcedor do Flamengo é quem assumirá o time na sequência. Entre as possibilidades da volta de Jorge Jesus, ou a chegada de nomes como Jorge Sampaoli e Tite, a diretoria do clube precisa acertar logo seu novo comandante para o restante de 2023. A Libertadores já começou, e o Brasileirão e a Copa do Brasil chegam para o rubro-negro nesta semana. Ouvimos especialistas da equipe de esportes do GLOBO, e de outros veículos, para entender qual candidato seria o mais adequado para chegar ao Ninho do Urubu no atual momento.

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"Por resultados, passado no clube, conhecimento do elenco e de tudo que cerca o “mundo Flamengo” Jorge Jesus parece a escolha mais natural. Tite e Sampaoli talvez precisassem de mais tempo, ou mais adaptações, para casar o elenco com a maneira como pensam o futebol. De qualquer maneira, o Flamengo não pode mais errar em 2023."

"Acho que Jesus tem de voltar. Não porque vai dar mais certo do que outros, mas porque o torcedor do Flamengo precisa acabar com o sebastianismo que vive desde 2020. O rubro-negro se sente no direito de ver uma segunda temporada de Jesus. Se der certo, vai acreditar que esteve certo durante todo esse tempo. Se der errado, vai finalmente poder virar a página — até abraçar outra obsessão."

"O Flamengo desta era de riqueza teve seus melhores momentos com uma dupla de ataque. No início, Gabriel e Bruno Henrique, e, mais recentemente, Gabriel e Pedro. Seria conveniente entregar este elenco a alguém em cujo histórico haja a construção de times com duplas de ataque, e não prioritariamente com pontas abertos e um centroavante de menos movimentação. Aos criadores deste Flamengo, é preciso oferecer liberdade de aproximação no setor da bola, o que se apresenta contrário, por exemplo, ao jogo de posição praticado por Jorge Sampaoli.

Não imagino que seja difícil trabalhar e conviver com craques. Espinhosa é a missão de acomodá-los sem ignorar a necessidade cada vez mais urgente de criar novas formas de ser dominante, seja pelo envelhecimento de alguns protagonistas ou pela natural evolução de um modelo, algo que foi inviabilizado até aqui pelas trocas constantes e sem nexo no comando. O mais importante é estabilidade. A direção do Flamengo tem sido pior do que qualquer treinador contratado (e demitido)."