O argentino Jorge Sampaoli assinou contrato com o Flamengo até dezembro de 2024 e chega para assumir o cargo depois da demissão de Vítor Pereira. Conhecido pela personalidade explosiva, o treinador, de 63 anos, coleciona passagens de sucesso e também conturbadas.
Além de já ter se envolvido em brigas internas com dirigentes, o técnico já ''tretou'', inclusive, com Lionel Messi, quando comandou a seleção argentina na Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
Agora, o ''hermano'' está de volta ao Brasil, onde já treinou Santos e Atlético-MG, entre 2019 e 2021. Nos dois clubes, Sampaoli não só ficou marcado por ser um técnico inventivo, capaz de produzir equipes com futebol atrativo, mas também alguém de pavio curto e bastante existente nos bastidores, principalmente quando o assunto é contratação.
O argentino assumiu o comando do Peixe em janeiro de 2019. Foram 65 jogos à frente do time e um retrospecto positivo: 35 vitórias, 15 empates e 15 derrotas, um aproveitamento de 61,5%, além de ter sido vice-campeão brasileiro em 2019.
Sua saída, no entanto, foi protagonizada por uma queda de braço com a diretoria. E, em uma carta de despedida, Sampaoli ironizou: 'O próximo ano será muito difícil para o Santos. Jogará o Paulista, o Brasileirão, a Copa do Brasil e a CONMEBOL Libertadores. Penso, com chance de me equivocar, que algumas circunstâncias estruturais não me permitiram sentir com comodidade”
Já no Atlético, o argentino chegou em março de 2020 e saiu em fevereiro de 2021. Foram 43 jogos, sendo 24 vitórias, 8 empates, 11 derrotas, totalizando 62% de aproveitamento. Por lá, também deixou um lastro de desafetos e exigências.
O mesmo roteiro se repetiu quando comandou o Olympique de Marselha: novamente altos e baixos, além de brigas por contratações. No clube francês ele até teve um de seus pedidos atendidos - o meia Gerson, do Flamengo - e foi vice-campeão da temporada seguinte. Só que novamente deixou a equipe logo depois reclamando, como de costume, da famosa ''falta de reforços''.
Seu último trabalho foi novamente no Sevilla, onde teve uma segunda passagem bem menos-sucedida que a primeira. Ele acabou demitido apenas cinco meses depois de sua chegada, com a equipe beirando o rebaixamento da LaLiga.
Antes de desembarcar na França e do período em que trabalhou no Brasil, o técnico viveu uma fase turbulenta a frente da Argentina entre 2017 e 2018. Durante a Copa do Mundo da Rússia, ele teve problemas com vários jogadores, de Lionel Messi, como confidenciou um ex-colega, a Di María - que ficou revoltado ao ser sacado do time sem maiores explicações durante o Mundial.
Uma cena emblemática do caos vivido pela Argentina de Sampaoli foi a imagem que viralizou na Rússia, do volante Javier Mascherano em conversa com o treinador, com uma prancheta. Veículos de imprensa do país sul-americano noticiaram que, em crise com o técnico, foram os jogadores que passaram a escalar a equipe.
Com esse barril de pólvora, a Albiceleste quase não passou da fase de grupos e depois caiu nas oitavas de final para a França.
Em entrevista ao ESPN.com.br, o técnico Márcio Zanardi, que trabalhou com o argentino no Santos em 2019, contou detalhes do que ouviu do próprio Sampaoli e da comissão técnica sobre a confusão.
"Em uma conversa eu perguntei o que aconteceu na Copa do Mundo. O auxiliar me disse: ‘Ele brigou com o nosso melhor jogador, e por isso perdemos’. O Sampaoli também me disse: 'Briguei com o Messi’ (risos). Ele tinha uma personalidade muito forte. Às vezes, ele perdia um pouco o grupo por aquela loucura dele de ser tão exigente", disse o treinador em novembro de 2021.
526 visitas - Fonte: ESPN
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