Dois torcedores do Flamengo estão usando tornozeleiras eletrônicas e foram afastados dos estádios até 31 de dezembro por causa de uma confusão provocada por um protesto contra a ditadura militar durante o clássico com o Fluminense, no Maracanã, no último dia 1º: uma faixa com os dizeres "morte aos torturadores de 64" foi estendida na arquibancada. A data da partida coincidia com os 59 anos do golpe militar.

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Por supostamente estarem segurando a faixa, eles foram encaminhados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim), sob a acusação de terem infringido o artigo 41-B do Estatuto do Torcedor ("promover tumulto, praticar ou incitar a violência"). Lá, por decisão do juiz Marcelo Nobre de Almeida, foram obrigados a utilizar tornozeleira eletrônica e estão impedidos de comparecer a jogos do Flamengo no Estado do Rio de Janeiro. Já houve duas ações judiciais desde então para que fossem retiradas as tornozeleiras, mas sem resposta positiva da Justiça. Haverá uma audiência no próximo dia 10.

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O caso ganhou repercussão depois de uma publicação no Twitter do grupo "Flamengo Antifascista", que explicou o caso e criticou a punição: "A ação realizada (com a faixa no estádio) reivindica a nossa própria história! E é amparada pela liberdade de expressão. Nos sentimos contemplados com a mensagem, que leva luz a todos os t0rturad0res que já morreram sem a mínima punição".