O técnico do Maringá, Jorge Castilho, foi motorista de aplicativo antes de se firmar no clube paranaense. Ele utilizou a renda obtida na função para bancar seus cursos de treinador.

Castilho foi motorista de aplicativo pouco antes de chegar ao Maringá, onde está desde 2020. Anteriormente ele tinha passado por clubes de menor investimento nas categorias de base.

Trabalhei no aplicativo para complementar renda, onde eu conseguia pagar os cursos de treinador. Nesse intervalo, trabalhava e me preparava com os cursos e estudos. E aí, em 2020, recebi o convite para trabalhar no Maringá e, desde então, foco 100% na minha carreira de treinador. Continuo estudando, buscando conhecimento, mas hoje só vivo do futebol"

Jorge Castilho, ao UOL

O treinador de 41 anos tem planos ambiciosos de se tornar um técnico da Série A, mas diz que irá "respeitar o processo".

"Planejo buscar evoluir na carreira e aí, sim, dirigir uma equipe de Série A ou B, que esse é o sonho, o objetivo, mas sempre respeitando o processo. É um início de carreira, promissor, mas sempre respeitando o processo e procurando evoluir", diz.

O Maringá surpreendeu e venceu o Flamengo por 2 a 0 no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. As equipes voltam a se enfrentar hoje (26), às 21h30, no Maracanã (RJ).

O clube paranaense pode perder por até um gol de diferença que fica com a vaga nas oitavas de final. Em caso de vitória do Flamengo por dois gols de diferença, a disputa será nos pênaltis.

Castilho pregou pés no chão com a vantagem, e também projetou o restante da temporada do Maringá, onde terá pela frente a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro.

"O projeto do clube agora é passar pelo Flamengo e classificar, o que é um sonho, mas com o pezinho no chão. Hoje o sonho está mais próximo de se concretizar", afirmou.

O treinador frisou que trabalhou a equipe para vencer no jogo de ida, mas admitiu que não esperava uma vitória por 2 a 0: "Nos preparamos para o jogo, focamos 100%, preparamos todas as estratégias, analisamos bem o Flamengo, sabíamos que tínhamos condições de ganhar o jogo mesmo com todas as dificuldades que iríamos enfrentar. Não passou pela nossa cabeça uma vitória da maneira que foi. Imaginávamos que seria mais truncado, que o Flamengo teria mais volume e faríamos um gol numa transição, numa bola parada, mas estávamos nos preparando psicologicamente para ganhar".

Quatro jogadores titulares no jogo de ida contra o Flamengo deixaram o Maringá: o atacante Robertinho foi emprestado ao Juventude, e o lateral-direito Marcos Vinícius, o zagueiro Vilar e o meia Matheus Bianqui foram emprestados ao Coritiba.

Bianqui, inclusive, participou dos dois gols sobre o Flamengo: cabeceou para David Luiz marcar contra, e deu assistência para Serginho fechar o placar.

O Maringá, porém, contratou cinco reforços de lá para cá: os atacantes Pelezinho, Gustavo Ramos e Lucas Douglas; o meia Cesinha e o goleiro Rafael William.

O Maringá fretou um voo e ofereceu pacotes para os torcedores que quiserem assistir ao jogo no Maracanã. O pacote ainda incluiu um jantar com os jogadores na véspera da partida com o Flamengo.

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