Os clássicos Palmeiras 2x1 Corinthians e Flamengo 2x3 Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro, tiveram polêmicas envolvendo as arbitragens de Wilton Pereira Sampaio, que comandou o jogo entre os paulistas, e Edina Alves Batista, responsável por apitar o duelo carioca. O UOL falou com ex-árbitros para esclarecer possíveis erros.

O gol do Corinthians no Dérbi, que saiu após escanteio cobrado por Róger Guedes, gerou polêmica inclusive depois do jogo, já que o atacante chegou a entrar no vestiário da arbitragem e pediu a Wilton para que, na súmula, o gol não fosse marcado como contra. O árbitro, no entanto, não aceitou a "sugestão".

Emidio Marques: "Foi gol contra do Piquerez, ainda que a ação tenha sido involuntária. Se isto não tivesse ocorrido, a bola não entraria na meta."

Alfredo Loebeling: "É evidente que o gol é contra. O Guedes faz o cruzamento: não visa o gol ou tenta chutar a bola para fazer o gol olímpico. O gol é contra do Piquerez."

Ulisses Tavares: "Gol contra do Piquerez."

Guilherme Ceretta. "Gol contra. a bola não iria para o gol se o Piquerez não chutasse errado."

José Aparecido de Oliveira: "O gol do Róger Guedes deve ser anotado na súmula como gol contra, ou seja, do Piquerez."

Aos 27 minutos do 1° tempo do clássico carioca, Victor Sá invadiu a área e caiu na área após contato com Wesley, do Flamengo. A jogada foi bastante contestada por flamenguistas — Gabigol, por exemplo, recebeu cartão amarelo de Edina por reclamação.

Emidio Marques: "Pênalti bem marcado, com personalidade devido à boa posição, clareza e convicção. Decisão de campo, sem intromissão do VAR."

Carlos Eugênio Simon: "Pênalti bem marcado pela Edina. O Wesley levanta a perna e acerta o Victor Sá."

Alfredo Loebeling: "Outra arbitragem ruim da Edina. Eu não marcaria pênalti de jeito nenhum. O cara [Wesley] está parado. O que a regra fala? Diz que, se o cara fizer o movimento da perna antes do choque, é evidente que há uma alavanca. Mas não foi o caso: o jogador está parado e o outro provoca o choque. Eu não marcaria."

Ulisses Tavares: "Para mim, o pênalti foi bem marcado pela arbitragem."

Guilherme Ceretta: "Pênalti claro, é um lance normal de jogo: a mesma infração, dentro ou fora da área, deve ser marcada."

José Aparecido de Oliveira: "O pênalti marcado foi claríssimo, portanto, a Edina acertou em marcá-lo."

O 2° tempo do jogo no Maracanã reservou uma nova polêmica: Thiago Maia, do Fla, acertou um chute na canela de Di Plácido, do Bota. Edina assinalou falta, mas não distribuiu cartão. O VAR, então, convocou a árbitra para uma revisão do lance por possível expulsão, mas ela optou por dar amarelo ao flamenguista — que acabou substituído pouco depois.

Emidio Marques: "Ele deveria ser expulso. Foi uma ação faltosa de excessiva intensidade, com força desproporcional e jogo violento, comprometendo a integridade física do adversário. Houve omissão da assistente — que estava no local da ação — e intromissão do VAR não acatada pela Edina, que teve oportunidade de rever a decisão anterior. Outro equívoco foi apresentar o amarelo com jogador caído e necessitando atendimento médico. Desta maneira, ele nem tomou conhecimento da sua advertência."

Carlos Eugênio Simon: "Thiago Maia deveria ter sido expulso porque deu uma entrada com altíssima intensidade no adversário".

Alfredo Loebeling: "Não tem a menor dúvida que era cartão vermelho. Não tem o menor sentido o cartão amarelo. É vermelho."

Ulisses Tavares: "O Thiago Maia deveria ter sido expulso."

Guilherme Ceretta: "Ele deveria ter sido expulso — e muito. Erro grave da Edina. No nível dela, não pode interpretar errado assim... ainda mais vendo e revendo o lance dez vezes na TV."

José Aparecido de Oliveira: "Houve um erro. O Thiago Maia deveria ter sido expulso mesmo sem o cartão amarelo antes."

Essa é a arbitragem do futebol brasileiro pic.twitter.com/3bP4o6IISL