Casos de manipulação envolvendo jogadores em apostas esportivas vieram à tona na última semana com a Operação Penalidade Máxima II. O processo iniciado pelo Ministério Público de Goiás tornar 16 envolvidos como réus, entre eles sete atletas. E o assunto repercutiu na rodada do Brasileirão.
Em entrevista coletiva após a derrota do Corinthians por 3 a 0 para o Botafogo nesta quinta-feira (11), no Nilton Santos, Vanderlei Luxemburgo falou firme sobre o tema. Cabe destacar nenhum jogador do Timão está sendo investigado.
""Estou achando ótimo isso acontecer. Quem tiver que se ferrar, que se ferre. Essa é a grande realidade. Não tem como preservar quem faz coisas erradas, prejudica todo um processo, onde esse dinheiro está chegando, o problema não está no dono da bet, e sim onde fica vulnerável atleta, vai chegar em outros setores, tem que punir todo mundo, doa a quem doer"", disparou.
""Só pode moralizar o dinheiro que cheguei limpo, se tiver falcatrua, por isso sempre fui negativo com mala branca, quem recebe mala branca pode receber mala preta. Se o Flamengo precisar pagar alguém para ganhar, está tudo errado dentro do Flamengo. Corinthians precisando dar dinheiro, é complicado. Sou contrário a isso, deixa abertura grande para questionamento"", completou.
""Quem fez bobagem segura a sua onda, não vejo problema, cada um é cada um. Muita notícia, amanhã você erra um passe, está roubado... Tem tirar o joio do trigo, quem não presta, não presta, bota fora"", concluiu.
Em campo, o Botafogo venceu por 3 a 0, com gols de Tiquinho Soares, duas vezes, e Eduardo. Os cariocas lideram o Brasileirão com 15 pontos em cinco jogos. O Corinthians, por sua vez, segue flertando com a zona de rebaixamento na 16ª posição, com 4 pontos.
São Paulo (C) - 14/05, 16h - Campeonato Brasileiro
Atlético-MG (F) - 17/05, 21h30 - Copa do Brasil
Flamengo (F) - 21/05, 16h - Campeonato Brasileiro
Juventude x Fortaleza
Goiás x Juventude
Ceará x Cuiabá
Red Bull Bragantino x América-MG
Botafogo x Santos
Palmeiras x Cuiabá
Eduardo Bauermann (Santos)
Gabriel Tota (Ypiranga-RS)
Victor Ramos (Chapecoense)
Igor Cariús (Sport)
Paulo Miranda (Náutico)
Fernando Neto (São Bernardo)
Matheus Gomes (Sem clube)
Vitor Mendes (Fluminense)
RiCruzeiro)
Nino Paraíba (América-MG)
Dadá Belmonte (América-MG)
Kevin Lomonaco (Red Bull Bragantino)
Moraes Jr. (Juventude)
Nikolas Farias (Novo Hamburgo)
Jarro Pedroso (Inter de Santa Maria)
Nathan (Grêmio)
Pedrinho (Athletico-PR)
Bryan García (Athletico-PR)
Bruno Lopez de Moura
Ícaro Fernando Calixto dos Santos
Luís Felipe Rodrigues de Castro
Victor Yamasaki Fernandes
Zildo Peixoto Neto
Thiago Chambó Andrade
Romário Hugo dos Santos
William de Oliveira Souza
Pedro Gama dos Santos Júnior
A investigação da "Operação Penalidade Máxima" aponta que grupos criminosos convenciam jogadores, com propostas que iam até R$ 100 mil, a cometerem lances específicos em partidas e causassem o lucro de apostadores em sites do ramo.
Um jogador cooptado, por exemplo, teria a "função" de cometer um pênalti, receber um cartão ou até mesmo colaborar para a construção do resultado da partida - normalmente uma derrota de sua equipe.
As primeiras denúncias ouvidas pela operação surgiram no fim de 2022, quando o volante Romário, então jogador do Vila Nova (GO), aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti contra o Sport, em partida válida pela Série B do Brasileiro.
Na ocasião, o atleta embolsou R$ 10 mil imediatamente e só ganharia o restante caso o plano funcionasse. Romário, porém, sequer foi relacionado para a partida, o que estragou a ideia.
A história chegou até Hugo Jorge Bravo, presidente do time goiano e também policial militar, que buscou provas e as entregou ao Ministério Público do estado. A partir daí, criou-se a operação "Penalidade Máxima" para investigar provas e suspeitas sobre o assunto.
Na primeira denúncia, havia a suspeita de manipulação em três jogos da Série B, mas os últimos acontecimentos levaram os investigadores a crer que o problema era de âmbito nacional e havia acontecido em campeonatos estaduais e também na primeira divisão do Brasileiro.
Além de Romário, outros sete jogadores foram denunciados pelo Ministério Público por participarem do esquema de fabricação de resultados: Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).
Nenhum jogador preso, só pessoas envolvidas nos pedidos de manipulação. Foram três mandados de prisão em São Paulo, mas só para não atletas.
Foram apreendidas granadas de efeito moral em um mandado de prisão em São Paulo a armas de fogo em outro endereço, também em terras paulistas. Nesse local, houve também um flagrante de armas de fogo sem o devido registro.
Os atletas ou aliciadores podem ser indiciados via Estatuto do Torcedor e também podem responder por crime por lavagem de dinheiro, se for o caso. Segundo o Estatuto do Torcedor, a pena varia de 2 a 6 anos de prisão.
Os atletas e envolvidos suspeitos estão sendo investigados por manipulação da seguinte forma: receber cartões amarelo ou vermelho, cometer um pênalti, garantir uma derrota parcial no 1º tempo, número de escanteios, etc.
425 visitas - Fonte: ESPN
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