Os resultados da sexta rodada do Brasileirão "achataram" a classificação e deixaram a disputa mais embolada. Como "tempero" — amargo para alguns —, pelo menos três jogos renderam reclamações mais intensas contra a arbitragem.
O líder Botafogo perdeu pela primeira vez no campeonato. Os 100% de aproveitamento viraram fumaça diante do Goiás.
O perseguidor mais próximo, o Palmeiras, tinha empatado com o Red Bull Bragantino, no sábado (13). Assim, não houve alternância na ponta.
Com os demais resultados, a diferença de pontos se "achatou", permitindo uma aproximação do bloco intermediário de times.
Do terceiro (Fluminense) ao sétimo (Santos), todo mundo ganhou. Além disso, o Flamengo entrou na metade de cima e agora é nono.
A turma da rabeira (América-MG, Coritiba e Cuiabá) segue em maus lençóis. O Goiás foi quem conseguiu respirar, sendo a "zebra" da rodada, empurrando o Corinthians de volta ao Z4.
A derrota é sempre um momento difícil, ainda mais para nossa equipe, que há dois meses e oito dias não sofria uma derrota. O sabor é mais amargo, mas não caiu o mundo, ele segue e nós vamos seguir com o nosso caminho, trabalho e confiança para fazer melhor ao longo da temporada".
Luís Castro, técnico do Botafogo
Os árbitros do Brasileirão estrearam novo uniforme — fruto de um contrato de quatro anos assinado pela CBF com a Macron —, mas polêmicas antigas voltaram na sexta rodada.
Houve reclamação do Bahia por causa da expulsão do zagueiro Kanu. Ele levou o segundo amarelo por deixar o braço em uma disputa com Gabigol. O atacante do Flamengo simulou que o golpe fora no rosto, mas ele foi atingido no braço.
O rubro-negro já vencia por 3 a 2 na ocasião, mas isso dificultou a reação do Bahia — que perdeu o jogo. O árbitro em questão foi Paulo Cesar Zanovelli (Fifa-MG). No meio de semana, ele tomou decisões questionáveis em duas expulsões no Fortaleza x São Paulo. E isso foi plataforma para outra reclamação na rodada.
A atuação de Bruno Arleu (Fifa-RJ) foi contestada pelo São Paulo no clássico com o Corinthians por duas razões principais: A anulação do gol de Calleri, por identificar uma falta na jogada, e o pênalti de Rafinha que gerou o gol de empate do Corinthians, ainda na reta final do primeiro tempo, quando o tricolor vencia por 1 a 0.
Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, foi o porta-voz da indignação do clube e prometeu reclamar formalmente à comissão de arbitragem da CBF.
Eu fiquei procurando uma palavra pra adjetivar a atuação do árbitro Bruno Arleu. Pensei "ruim", "péssima", "tendenciosa". O que adjetiva realmente a arbitragem é "vergonhosa", foi uma vergonha"
Carlos Belmonte
A diretoria vascaína ficou muito contrariada e também prometeu formalizar a reclamação na comissão de arbitragem. Na visão da diretoria, foram três pênaltis não marcados na derrota por 1 a 0 para o Santos, em São Januário.
Dois envolveram mão na bola e são mais interpretativos. Mas um terceiro foi uma entrada de Rodrigo Fernández em Pedro Raul na área, quando o jogador iria finalizar cara a cara com o goleiro. O árbitro da partida foi Rodrigo José Pereira de Lima (PE), que estava próximo ao lance e indicou na hora que não houve penalidade.
521 visitas - Fonte: UOL
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