O técnico Fernando Diniz, do Fluminense, detonou o que considerou uma permissividade e falta de critério da arbitragem no empate com o Flamengo.

Imparcialidade: "Espero que tenha no próximo jogo uma arbitragem extremamente imparcial, porque não foi de novo. A gente ganhou o Carioca apesar da arbitragem, e conseguimos o 0 a 0 hoje apesar da arbitragem".

Atuação do VAR: "Não estou discutindo a expulsão [de Felipe Melo], mas é muito mais facil e menos interpretativo o VAR chamar pelo pisão de Gabigol em Ganso, que foi intencional. Bandeira estava do lado, VAR não chamou. Ele pisou porque queria pisar".

Mais críticas: "O pisão do Samuel no 1º jogo final, uma clareza muito grande, juiz vem e expulsa. Pedro pisa no 2º jogo e não é expulso. Aí joga Flamengo e Goiás aqui, jogador cai sozinho e é pênalti. E. Ribeiro bateu a mão bola, puxou ataque e podia sair gol.

Interferência. "Hoje teve número excessivo de faltas antijogo, acréscimo que não tem critério nenhum. Para o bem do futebol, arbitragem não tem que ter parcialidade. Nos jogos que acompanho, a arbitragem tem interferido de alguma forma no resultado".

Estratégia do Fla. "Expediente que o Flamengo usou hoje: 22 faltas. Toda vez que a gente saía, era falta não teve um amarelo. Arbitragem bastante permissiva, coisa muito provavelmente tática para matar a jogada".

Fluminense e Flamengo não saíram do 0 a 0 no primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil. O jogo de volta será disputado em 1º de junho, no Maracanã, às 20h (de Brasília)

Felipe Melo foi expulso logo após o intervalo e deixou o Flu com um a menos durante praticamente o segundo tempo inteiro.

O Fla cometeu 22 faltas na partida, diante de cinco do Flu, e não recebeu cartões. Os números são das plataformas especializadas Footstats e SofaScore.

Diniz ainda analisou a estratégia do adversário e disse que o Flu teve uma atuação brilhante pelas circunstâncias da partida.

Esquema de apostas: "Assunto que merece seriedade ao máximo. Quem participou tem que ser punido, mas não execrado, na minha opinião. Punição rigorosa para todos, mas sem determinar o fim da vida de ninguém. Dano muito grande ao futebol".

O Fluminense afastou o zagueiro Vitor Mendes, investigado na Operação Penalidade Máxima por suspeita de envolvimento no quando defendia o Juventude, e promoveu uma palestra educativa para o elenco.

Empate positivo? "Foi positivo sim, jogar com 1º a menos e suportar, sem sofrer chances claras de gol. Parabéns aos jogadores. Não foi uma partida vistosa, de domínio técnico, mas em termos de entrega e organização defensiva foi brilhante."

Saída de Marcelo: "Ele sentiu a panturrilha, ficou na dúvida e decidi tirar pelo risco de lesão e de ficar parado. Foi mais uma questão de prevenção para não expor Marcelo a uma lesão em uma temporada muito desgastante. Não teve lesão, ele até queria ficar um pouco mais no jogo".

Intensidade do rival: "Tiveram uma postura agressiva na marcação, na saída de bola. O determinante foi a postura mais anímica do Flamengo. Não que a gente entrou mal, mas eles entraram muito acelerados, tinham uma intensidade maior e isso provocou um domínio deles nos 30 primeiros minutos".

Análise da reação: "Depois o jogo foi normalizando, no final do 1º tempo estava equilibrado. Quando voltamos para o 2º tempo, a impressão que dava é que seria diferente. Com a expulsão, que nem vou entrar no mérito, a partida mudou muito".

Opção por Pirani. "Pelo jogo tático, sabia que tinha uma intenção do Fla explorar nosso lado esquerdo. Não ia botar o John Kennedy para ficar de auxiliar do Marcelo. Acho que foi decisão acertada. Pirani foi muito bem, tecnicamente conseguiu participar. Gostei da atuação, cumpriu o que queria. O jogo pedia a presença dele".

Entrega dos jogadores: "Equipe merece todos os elogios pela capacidade de ser defender por 45 minutos com um a menos, com a qualidade que o Flamengo tem. Conseguimos ter posse também, equipe fez uma partida muito boa pelo que dava para ser feito no 2º tempo"