Meia uruguaio Arrascaeta é um dos reforços mais caros de toda a história do Flamengo
Imagem: Buda Mendes/Getty Images

O Flamengo pagou caro para ganhar duas Copas Libertadores da América, três Campeonatos Brasileiros, duas Copas do Brasil, cinco Campeonatos Cariocas e alguns outros títulos menores ao longo dos últimos dez anos.

De acordo com o "Transfermarkt", plataforma especializada na cobertura do Mercado da Bola global, nenhuma equipe do futebol pentacampeão mundial investiu tanto nesta década na contratação de jogadores quanto os rubro-negros.

Foram gastos 192,5 milhões de euros (pouco mais de R$ 1 bilhão) com a compra de direitos econômicos e indenizações por empréstimos de jogadores desde a janela de transferências do segundo semestre de 2013.

Não à toa, as seis contratações mais caras da história do Flamengo (Gabigol, Gerson, Giorgian de Arrascaeta, Everton Cebolinha, Pedro e Vitinho) foram realizadas nesses anos de bonança e gastança.

O time que hoje é dirigido pelo argentino Jorge Sampaoli é o único brasileiro no top 100 dos clubes do planeta todo que mais investiram em contratações ao longo do período analisado. No ranking mundial, ele ocupa a 82ª colocação.

Palmeiras (102º), São Paulo (141º) e Atlético-MG (150º) são as outras equipes do país entre as 150 maiores gastonas do futebol mundial na década.

Só que nem a soma do investimento feito pelos quatro clubes mais abastados do Brasil sequer se aproxima do volume gasto com novos jogadores pelo Chelsea, o rei do Mercado da Bola dos últimos dez anos.

O clube inglês torrou 1,99 bilhão de euros (R$ 10,7 bilhões) em reforços desde 2013. Só na atual temporada, a primeira sob administração do norte-americano Todd Boehly, seu novo dono, o montante enviado para clubes vendedores/emprestadores chegou à marca de 611,5 milhões de euros (R$ 3,3 bilhões), um recorde na história da modalidade.

E sabe o que o Chelsea conseguiu com tudo isso? Sua pior classificação no Campeonato Inglês neste século e o direito de disputar zero competições europeias em 2023/24.

O segundo colocado no ranking é outro time que, assim como o Chelsea, só alcançou o primeiro escalão no cenário internacional já neste século, após ser vendido para alguém cheio da grana (no caso, o Grupo City, ligado à família real de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes).

Atual tricampeão inglês e finalista da Liga dos Campeões da Europa, o Manchester City gastou 1,67 bilhão de euros (pouco menos de R$ 9 bilhões), bem mais que o investimento de 982,5 milhões de euros (R$ 5,3 bilhões) feito no período pela Inter de Milão, sua adversária na decisão da atual temporada da Champions.

O pódio dos grandes gastadores da década conta com um empate no seu degrau mais baixo. Tanto o Barcelona quanto o Manchester United usaram 1,6 bilhão de euros (R$ 8,8 bilhões) dos seus caixas para recrutar novos jogadores.

Os clubes que mais gastaram com reforços nos últimos 10 anos

1 - Chelsea (ING): 1,99 bilhão de euros
2 - Manchester City (ING): 1,67 bilhão de euros
3 - Barcelona (ESP): 1,60 bilhão de euros
Manchester United (ING): 1,60 bilhão de euros
5 - Juventus (ITA): 1,53 bilhão de euros
6 - Paris Saint-Germain (FRA): 1,33 bilhão de euros
7 - Arsenal (ING): 1,15 bilhão de euros
8 - Real Madrid (ESP): 1,10 bilhão de euros
9 - Liverpool (ING): 1,09 bilhão de euros
10 - Atlético de Madri (ESP): 1,07 bilhão de euros
11 - Inter de Milão (ITA): 982,5 milhões de euros
82 - Flamengo (BRA): 192,5 milhões de euros
102 - Palmeiras (BRA): 152,4 milhões de euros
141 - São Paulo (BRA): 98,7 milhões de euros
150 - Atlético-MG (BRA): 87,1 milhões de euros