Flamengo de Sampaoli troca quarteto fantástico por time de operários; números provam

3/6/2023 09:17

Flamengo de Sampaoli troca quarteto fantástico por time de operários; números provam

Com volantes, zagueiros e goleiro protagonistas, time rende melhor na base da transpiração do que da inspiração

Flamengo de Sampaoli troca quarteto fantástico por time de operários; números provam
Thiago Maia com Pulgar ao fundo Fonte: Flamengo

O imaginário do torcedor do Flamengo nos últimos anos se acostumou com títulos através da reunião de talentos, que proporcionaram espetáculo com alta intensidade e estética sob o comando de Jorge Jesus. Nas últimas temporadas, os demais treinadores estrangeiros que passaram pelo clube tentaram implementar um estilo parecido, mas penaram para arrumar o sistema defensivo. Sampaoli tem adotado a mesma receita e, diferente de Paulo Sousa e Vítor Pereira, conseguido transformar o Flamengo até então refém de um quarteto fantástico em um time de operários. Uma equipe que quando preciso transpira mais do que inspira.

Por vários momentos este ano, faltaram pernas para dar conta de uma alta intensidade durante 90 minutos. A profusão de lesões ajudou Sampaoli a entender que não adiantava mudar o sitema de jogo, era necessário também mexer nas peças dentro de campo. Já no primeiro clássico com o Fluminense pela Copa do Brasil, a estratégia foi dar a bola ao adversário e forçar o erro com forte marcação, aproveitando os contragolpes em velocidade. Toda essa dinâmica se repetiu no jogo da volta, e embora Arrascaeta e Gabigol tenham selado a classificação com os gols, a consistência se deveu justamente aos atletas do sistema defensivo.

Com 12 a 9 em finalizações, o Flamengo ficou pouco com a bola, e destruiu para construir. Thiago Maia foi o destaque, com seis desarmes e cinco interceptações. Pulgar aliou pegada com quatro desarmes e ainda teve qualidade em passes curtos e longos. Gerson veio em seguida com boa participação no trio de volantes, com outros três desarmes, e foi o líder em passes certos (19), seguido por David Luiz (18), Maia (16), Wesley (16), Pulgar (15) e Fabricio Bruno (15). Mais uma vez os atacantes ficaram nas últimas posições no quesito. A construção do jogo era sempre na defesa. O jogador do Flamengo que mais ficou com a bola foi Matheus Cunha. O goleiro também foi líder em lançamentos, 20, seis deles certos. Os únicos jogadores que driblaram foram Fabrício Bruno, Léo Pereira e Victor Hugo.

— Este jogo nos dá um impulso. Estamos longe de consolidar uma ideia porque temos pouco tempo. Hoje faltou um pouco de jogo, mas o time deu muita intensidade. É seguir o trabalho porque temos muita coisa a fazer — afirmou Sampaoli após a vitória.

Quando o treinador se refere a falta de jogo ele deixa claro que o Flamengo não foi protagonista. E que era a estratégia diante de um Fluminense mais encaixado, apesar dos desfalques. Desta forma, Sampaoli optou por ressuscitar a linha de três zagueiros, tão contestada na época de Vítor Pereira, mas deixou claro que trata-se apenas de uma ideia, e que não ficará refém de um só estilo. No que escolheu para superar Fernando Diniz, abriu mão de Pedro, priorizando a capacidade de Gabigol e Arrascaeta em jogar com e sem a bola, em progressão. O que não deu certo no ataque foi a projeção dos alas ao fundo, tornando o Flamengo um time de pouca infiltração. É essa parte que Sampaoli precisará trabalhar em busca de um maior equilíbrio entre os setores. Para o jogo contra o Vasco, na segunda-feira, o Flamengo não terá praticamente nenhuma baixa por lesão. Nem suspensão. Sampaoli deu a entender que não vai poupar o time para o jogo contra o Racing pela Libertadores , dia 8.

Jogo a jogo, o que ficou provado também, embora com um estilo mais defensivo, é que o Flamengo depende do talento de Arrascaeta e Gabigol para decidir seus jogos. O uruguaio manteve o status de intocável na equipe no dia em que completou 29 anos. Embora não tenha participado tanto do jogo, pois vinha de lesão, se dedicou e fez o gol que abriu o caminho para a vaga.

No caso de Gabigol, o camisa 10 saiu do inferno recente para o céu outra vez. Depois de superar recentemente um incômodo jejum, disse presente em momento decisivo, e no fim da partida ainda caiu nas graças da torcida por confrontar as notícias que dão conta de um problema de relaciomamento de longa data entre ele e David Luiz. O caso virou tão normal no dia a dia que realmente foi bem absorvido pelo elenco e diretoria. Após o gol e a classificação, Gabi colocou panos quentes e encontrou um novo inimigo, a imprensa:

— Acho que vocês da imprensa criam algumas coisas e a torcida vem para o Maracanã com um pouco de má intenção com os jogadores. Temos problemas da gente com vocês da imprensa. Vocês criam coisa na cabeça do torcedor, criam coisa dentro do clube, vocês da imprensa tentam colocar. O Flamengo é o nosso amor. O Flamengo não é Big Brother— disse à TV Globo.

Dessa vez, os atores principais foram os menos populares.

949 visitas - Fonte: Extra globo


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