Dor de cabeça para todos os treinadores do Flamengo nos últimos tempos, o vazamento de escalações parece não ser algo que tire o sono de Jorge Sampaoli.

O Rubro-Negro carrega o histórico de ter escalações vazadas nos últimos anos, algo que atormentou, principalmente, os técnicos Dorival Júnior e Vítor Pereira, mas já acontecia desde os tempos de Jorge Jesus.

Vítor Pereira chegou a admitir, algumas vezes, que a situação o deixava incomodado, como após a vitória por 3 a 2 sobre o Vasco, na semifinal do Campeonato Carioca:

"Vamos ter que solucionar de alguma forma pois, de fato, esta escalação que sai beneficia sempre o adversário. Não sei como a informação é obtida, mas vamos investigar e descobrir. Eu tenho que trabalhar taticamente e preparar o jogo independentemente de a escalação vazar ou não. Mas incomoda um pouco".

O treinador chegou a modificar sua rotina de treinamentos por causa da situação, escondendo algumas informações até mesmo dos jogadores, algo que para muitos acabou sendo um "tiro pela culatra", já que o prejudicou nos resultados.

Sampaoli, por sua vez, minimizou o fato, mesmo com sua escalação para o clássico com o Fluminense, pelo jogo de volta da Copa do Brasil, ter sido vazada quase um dia antes.

Não posso controlar esse vazamento. No futebol, a notícia corre rápido. É muito difícil controlar tudo, não é a minha estratégia. Minha estratégia é a que bolei para enfrentar uma das melhores equipes da América do Sul, que é o Fluminense, e sigo pensando assim. Não tenho maneira de controlar e acredito que ninguém consegue".
Jorge Sampaoli, sobre o vazamento de escalações no Fla

Para Jorge Sampaoli, ter sua escalação vazada é quase que um detalhe. Sua grande preocupação é que os jogadores absorvam suas estratégias para as partidas, como aconteceu na vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense, onde pediu que a equipe pressionasse o Tricolor, que tem como característica a posse de bola e a troca de passes.

"Em relação à escalação, a gente sabendo o que tem de fazer, sendo bem treinado, podem falar, mostrar o que quiser... Lógico, às vezes o treinador quer surpreender e acaba perdendo essa carta na manga. Mas, para nós, não muda nada. Vamos ser fortes pelo que preparamos, treinamos e vamos fazer em campo", opinou o meia Everton Ribeiro.