Não faltaram promessas no período de campanha da 777 para compra do Vasco SAF. O investimento total será de R$ 700 milhões de investimentos em três anos, haveria um patamar mínimo de top 5 de folha no futebol e não haveria diferença de orçamento para o Flamengo.
Essa foi a frase do sócio da 777, Josh Wander, em 18 de março: "Tem uma promessa que eu posso fazer para os torcedores do Vasco. Essa vai ser a última vez na história que o Vasco vai em um jogo contra o Flamengo com uma desvantagem de orçamento", Pouco depois, falou em equivalência de orçamentos em 2023.
Pois bem, um ano e dois meses depois, o Flamengo massacra o Vasco com um 4x1 no Maracanã. É o quarto jogo entre os dois times, três vitórias rubro-negras, e uma vascaína.
É certo que um time demora para ser montado. Mas o Flamengo, ressalte-se, também está se reestruturando. Sampaoli tem menos tempo de banco do que Barbieri.
No campo, o Flamengo fez os quatro gols no primeiro tempo. Para isso, contou com jogadores de maior qualidade técnica como Gerson e Arrascaeta. Somados, custaram 30 milhões de euros (R$ 160 milhões), mais do que todo o investimento do Vasco em contratações no início do ano.
Foi Gerson o autor do segundo gol do Flamengo, após cruzamento magistral do meia uruguaio. Foi o mesmo Gerson quem enfiou uma bola longa para Ayrton Lucas fazer o quarto tento. Também comprado por valores superiores a todos os titulares do Vasco, o lateral-esquerdo fez dois gols.
Pelos números, a partida nem teve essa disparidade toda. O Flamengo teve 55% de posse de bola contra 45% do Vasco. Houve até mais arremates vascaínos (13 x 10).
A questão é que a maior qualidade rubro-negra vai se impor na maior parte dos jogos. O Vasco ganhará, sim, alguns dos clássicos, mas será a exceção se manter o atual cenário.
Também houve uma diferença de qualidade no banco de reservas. Barbieri, ressalte-se, é um técnico com alguns méritos. Mas tomou um banho de Sampaoli mesmo com seu time descansado por nove dias sem jogar - a equipe rubro-negra atuara na quinta-feira.
O técnico argentino, como fizera com o Fluminense, deixou seu time mais postado, preparado para contra-ataque. Foi pressionado por uma marcação alta do Vasco. O Flamengo pareceu ter a estratégia de deixar o adversário vir e esticou bolas longas do goleiro Matheus Cunha nas costas do rival.
Mais do que isso, aproveitou-se da desarrumação vascaína na marcação com o esquema de três zagueiros, Miranda, Capasso e Léo meio desconjuntados com os alas. Sobraram espaços na lateral-direita vascaína — Pumita não é um bom marcador. Por ali, saíram as jogadas de três gols. Do outro lado, Wesley e Arrascaeta envolveram Piton.
Nem dá para dizer que o Vasco fez um mal jogo ofensivo. Pressionou e conseguiu uma chance com Pedro Raul, após erro de Ayrton. No segundo tempo, teve bolas pelo alto até o pênalti (inexistente) ser marcado. Mas faltava qualidade. Havia vários jogadores de US$ 3 milhões, nenhum craque, nenhum achado de scout. Orellano, aposta, esteve sumido.
Ao final, a torcida do Flamengo ameaçava a rival com a volta da Série B. Definitivamente, não é um cenário de igualdade.
567 visitas - Fonte: UOL
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