Não faltou emoção ao Flamengo na vitória por 3 a 0 sobre o Grêmio, no Maracanã. Não só pelas bolas na trave e chances perigosas do adversário, mas também pelo gol de Bruno Henrique, que fechou o placar nos acréscimos. Quatrocentos e vinte e oito dias depois, o atacante voltou a balançar a rede.

Bruno Henrique se lesionou em junho do ano passado, quando precisou reconstruir o ligamento cruzado anterior, o ligamento colateral lateral e o canto posterolateral.

Ele voltou aos gramados após quase 10 meses de recuperação e fez o primeiro jogo em 16 de abril deste ano.

Mas o retorno foi gradual. Bruno Henrique chegou a ser poupado algumas vezes pelo Flamengo como parte do protocolo de volta.

O último gol de Bruno Henrique havia sido no dia 9 de abril do ano passado, quando marcou no empate em 1 a 1 com o Atlético-GO, em Goiânia.

Mesmo de volta, são apenas seis jogos em 2023, ficando no máximo um tempo inteiro no campo.

Para além da parte física, Bruno Henrique também precisou trabalhar o lado mental antes de retornar.

Com uma grave lesão, ele teve de ganhar confiança nos movimentos mesmo depois da liberação médica.

O jogador mesmo admitiu que as paradas foram importantes e agora diz estar pronto para ajudar a equipe em quantos minutos Jorge Sampaoli precisar.

Importante para o grupo e parte do elenco mais vencedor do Fla, o jogador foi relacionado antes de ter condições apenas para finais com o intuito de estar perto do resto da delegação.

A volta dele foi muito comemorada por atletas, comissão e no clube de modo geral.

Jorge Sampaoli conhecia e gostava do futebol do jogador, a quem tentou convencer de ficar no Santos em 2019, quando ele foi para o Flamengo.

"Feliz porque ele vem de uma lesão muito complicada. Hoje foi a primeira vez que pôde jogar marcando desde que voltou. Feliz por ele, feliz pelo time. Esperando sempre reencontrar aquele jogar que admirei tanto como rival", disse Sampaoli após o jogo.

O gol de Bruno Henrique tirou o Flamengo de um sufoco depois de duas bolas na trave do Grêmio, mas o momento foi muito além do alívio pela vitória.

Todos os jogadores correram para abraçar o atacante e celebraram. Ele fez, inclusive, a comemoração costumeira com Gabigol.

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A família, que estava no estádio, também se emocionou e foi às lágrimas com o momento.

"O gol é muito gratificante. Na hora passa um filme na cabeça. Você lembra do choro, das dores, das noites em claro, o filho cobrando. Minha família sempre esteve comigo na hora do choro e agora na hora da alegria.""O gol é muito gratificante. Na hora passa um filme na cabeça. Você lembra do choro, das dores, das noites em claro, o filho cobrando. Minha família sempre esteve comigo na hora do choro e agora na hora da alegria."