O Flamengo não navega em mares tão tranquilos em 2023, mas jogar uma partida que vai definir a classificação às oitavas de final da Libertadores no Maracanã, hoje, 21h30, contra o Aucas, é uma pressão que boa parte do elenco atual está acostumada. E que o cenário e o histórico recente indicam ser um desafio tranquilo para a equipe, que não perde no Rio pelo torneio desde 2019, e é apontada como consciente dos jogos grandes.

A cobrança por atuações mais convincentes passa pelo desempenho fora de casa, notadamente pelo Brasileiro. Nas Copas, o Flamengo se acostumou nos últimos anos a chegar às fases finais e se manter na disputa por títulos. Não à toa é o atual campeão da Copa do Brasil e da Libertadores.

Se vencer hoje e o Racing perder, pula para a primeira posição do grupo A. O time carioca é segundo colocado com oito pontos, dois a menos que o líder e já classificado Racing, e acima do chileno Ñublense, terceiro colocado, com 5 pontos, e do Aucas, com 4. O empate já classifica o Flamengo, dependendo do resultado do outro duelo. Um revés somado a uma vitória do Ñublense, dependendo do saldo de gols, pode decretar a improvável eliminação rubro-negra.

Ano passado, o Flamengo chegou ao título sul-americano com sete vitórias em casa em sete jogos. Em 2021, foi à decisão com quatro vitórias e dois empates. Mesmo em 2020, quando caiu nas oitavas de final, não perdeu no Rio. Foram três vitórias e um empate. A última derrota no Maracanã aconteceu no dia 3 de março de 2019, para o Peñarol, ainda na fase de grupos. Além desse jogo, foram cinco vitórias em casa.

Hora de dar o máximo

Mesmo que de lá para cá tenha havido trocas no elenco, a base da equipe se mantém com nomes como Gerson, Arrascaeta, Éverton Ribeiro e Gabigol. E é quando esses talentos estão em campo dando tudo de si que esse retrospecto foi escrito. Internamente, há a impressão de que os jogadores do Flamengo sabem a hora de entregar o máximo. Os jogos de mata-mata são esses momentos preferidos.

Não há qualquer tipo de intenção em tirar o pé em outras partidas, fora de casa, ou do Brasileiro. Com três competições em disputa, o relaxamento natural em algumas circunstâncias é visto como um comportamento que o grupo tem adquirido ao longo das últimas temporadas. Como se guardasse energia para os momentos mais decisivos do ano.