Desde o ano passado, o Flamengo tem ido melhor nas Copas do que no Campeonato Brasileiro. E, no clube, já há uma sensação de que a situação não é um acaso, e que os jogadores se mantém mais concentrados e motivados na Libertadores e Copa do Brasil.

O Flamengo apresentou duas das suas melhores atuações nesta temporada na Copa do Brasil, diante do Fluminense, chegando às quartas-de-final. Na Libertadores, o time não perdeu desde a chegada de Jorge Sampaoli, com duas vitórias e um empate.

Internamente, a sensação entre dirigentes e integrantes do departamento de futebol é a de que os jogadores têm mais dificuldades em se motivar nos jogos do Campeonato Brasileiro, com seu longo calendário de 38 rodadas.

O tiro mais curto das Copas é visto como um fator que deixa o elenco mais concentrado. São 13 jogos de Libertadores, e dez de Copa do Brasil. Isso porque é um elenco que conquistou muitos títulos no clube e precisa de desafios.

Além disso, as Copas têm premiações maiores. Boa parte dos contratos do Flamengo tem bônus por títulos.

Em 2022, o Flamengo foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil. Já no Campeonato Brasileiro ficou apenas em quinto, a 19 pontos do campeão Palmeiras.

O clube se classifica às oitavas do torneio continental com um empate, hoje, diante do Aucas (EQU), hoje (28), no Maracanã. Se vencer e o Racing (ARG) tropeçar diante do Ñublense (CHI), ainda fica com o primeiro lugar do Grupo A.

Com a vitória por 3 a 2 sobre o Santos, na Vila Belmiro (SP), no último domingo (25), o Flamengo conseguiu se recuperar rápido da goleada por 4 a 0 sofrida para o Red Bull Bragantino, considerada o pior jogo da equipe na temporada.

O resultado foi importante para colocar o time na terceira colocação do Campeonato Brasileiro, mas a oscilação do Rubro-Negro ainda é algo que preocupa o técnico Jorge Sampaoli, que procura encontrar uma "identidade":

"A evolução do time com a bola foi muito importante. Eu não comparo com quinta-feira (contra o Bragantino) porque esse jogo é impossível de analisar. Como falamos sempre, temos de encontrar uma identidade e defender essa identidade. Nós trabalhamos para que isso aconteça".