O som que sai das milhares de vozes da arquibancada - que hoje são cadeiras - marcam as conquistas do Flamengo. Em décadas passadas, o hino era o canto mais entoado. Novos tempos chegaram, o perfil das torcidas mudou, música baiana ganhou versão rubro-negra e os títulos seguiram com suas trilhas sonoras. O Campeonato Carioca de 2004 foi embalado pelo hit "Poeira", com coreografia de blusas sendo rodadas acima da cabeça. O Campeonato Brasileiro de 2009 colocou um ponto final no jejum de 17 anos e o refrão da canção avisava: “vai começar a festa”. E a versão que ilustrou a Copa do Brasil conquistada na noite de quarta-feira teve provocação ao eterno rival e foi inspirada em um rock.
A música "Seven Nation Army", da banda americana The White Stripes, que costuma embalar as noitadas, ganhou uma adaptação: “Nós queremos respeito/E comprometimento/Isso aqui não é Vasco/Isso aqui é Flamengo/ô, ô, ô, ô...”.
Versões adaptadas da mesma música são febre em estádios da Europa e cantadas durante jogos da Champions League.
Hernane comentou sobre a rivalidade e lembrou a declaração de Edmilson, do Vasco, que durante a semana declarou abertamente que torceria contra o Flamengo.
- Sempre vai existir rivalidade no Rio, ainda mais com Vasco e Flamengo. Nós jogadores tentamos não entrar nisso, apesar de o Edmilson ter dito que ia torcer contra. Eu procuro ficar mais na minha, procuro não me envolver muito nisso – declarou o atacante.
A música foi criada no ano passado, pela organizada Nação 12, mas, à época, não chegou a contagiar as arquibancadas do Engenhão. Até que outras torcidas como a Urubuzada começaram a dar ainda mais corpo e voz ao canto. Foi assim no jogo de ida da decisão na Copa do Brasil, quando a música foi cantada na arquibancada do Durival de Brito.
Na quarta-feira, horas antes de a bola rolar, em diversos pontos espalhados no entorno do Maracanã, torcedores faziam o aquecimento com os gritos da música "Isso aqui é Flamengo". Foi assim também no anel do estádio, quando parte da música ficou pouco compreensível, mas ganhava clareza nos versos que citavam o rival. E também nas ruas depois da vitória.
O set list rubro-negro no Maracanã também contou com antigos sucessos como "Conte comigo, Mengão", sambas adaptados, gritos de "festa na favela", entre outros. Mas, com a vitória por 2 a 0 e o título da Copa do Brasil, virou o samba de uma nota só com o grito: "tricampeão".
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