Atual campeão da Copa do Brasil, o Flamengo disputa, neste domingo, contra o São Paulo, mais uma final do torneio. Apesar do intervalo curto de um ano, o Rubro-Negro chega ao confronto em um momento completamente distinto da última edição, quando venceu o Corinthians nos pênaltis, em outubro. O Esporte News Mundo traz alguns pontos que mudaram na equipe carioca de lá pra cá.

Além das mudanças notórias no time titular e na comissão técnica, o momento e o clima nos bastidores do Flamengo são completamente diferentes. Se em 2022 o clube carioca era franco favorito ao título, hoje não é. O clima entre elenco e Dorival era considerado um dos melhores da Era Landim. Hoje, com Sampaoli, não se pode dizer o mesmo.

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Comando do time

Apesar das conquistas da Copa do Brasil e da Libertadores, a diretoria rubro-negra optou por não manter Dorival Júnior e recalcular a rota para 2023, que teria Supercopa do Brasil, Mundial e Carioca logo nos primeiros três meses. O substituto escolhido foi Vítor Pereira, ex-Corinthians. O português não obteve o sucesso esperado e só durou até abril no cargo, hoje assumido por Sampaoli.

Em quase cinco meses de trabalho, o treinador argentino ainda não conseguiu dar uma cara ao Flamengo, que, inclusive, vive momento turbulento às vésperas da decisão. O Rubro-Negro amargou uma eliminação precoce nas oitavas de final da Libertadores, até agora não conseguiu ser constante a ponto de diminuir a diferença para o Botafogo no Brasileirão, e acumula atuações vexatórias, como a da última quarta, quando foi derrotado por 3 a 0 pelo Athletico.

Clima nos bastidores

Diferentemente de Dorival Júnior, Jorge Sampaoli é conhecido por colecionar momentos polêmicos com seus jogadores. Um dos casos mais conhecidos, inclusive, envolve Lionel Messi, um dos principais jogadores do mundo. O episódio de agressão do preparador físico a Pedro ilustra a temática. O técnico não se posicionou, não buscou diálogo com o atacante e deixou o elenco incomodado com o litígio.

Se Dorival buscava unir o grupo e era conhecido pelo seu jeito "paizão", o argentino não faz questão de dar satisfação e, na maioria das vezes, toma suas decisões sem comunicar os atletas. O comandante de 2022, aos poucos, conseguiu dar confiança a jogadores que até então estavam em baixa. Adotou um time principal para as copas e um para o Campeonato Brasileiro, o que permitiu que todos os jogadores tivessem minutos ao longo da temporada.

Já Sampaoli, não tem esse zelo. Rodrigo Caio, multicampeão e querido pelo grupo, por exemplo, foi esquecido pelo treinador no banco de reservas. A última partida disputada pelo zagueiro foi no dia 23 de abril, desde então o Flamengo já disputou 33 jogos. Tais medidas incomodam o plantel, que já não tem a mesma confiança no trabalho do argentino.

Equipe titular

É até difícil afirmar, hoje, quem são os onze iniciais do Flamengo. Em quase cinco meses de trabalho o técnico argentino nunca repetiu uma única escalação. Ao contrário, o time de Dorival era conhecido de cor e salteado pela torcida rubro-negra. A mudança mais expressiva talvez esteja no gol. Santos, titular absoluto na conquista, perdeu a vaga para Matheus Cunha, goleiro absoluto na equipe do argentino.

Na lateral-direita, Wesley se tornou o preferido e em sua primeira temporada como profissional assumiu a titularidade. Em 2022, Rodinei, hoje no Olympiacos, era o dono da posição. João Gomes, cria do Ninho e um dos destaques da campanha vitoriosa do Flamengo, foi negociado com o Wolverhampton, no início do ano e sua vaga ficou sob a responsabilidade de Gerson e Victor Hugo.

A dupla de zaga ainda conta com Léo Pereira, que fazia dupla com David Luiz e hoje tem Fabrício Bruno ao seu lado. Outra mudança significativa está no ataque. Se antes Pedro e Gabigol atuavam juntos, na atual temporada Sampaoli costuma optar por um dos dois ao lado de Bruno Henrique, que no ano passado estava machucado e não atuou. Veja a escalação da última final e a provável da atual:

2022: Santos; Rodinei, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís; Thiago Maia, João Gomes, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Gabigol e Pedro.

2023: Matheus Cunha; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Pulgar, Thiago Maia, Gerson e Victor Hugo (Everton Ribeiro); Bruno Henrique e Pedro (Gabigol).

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Mexido e em momento distinto e turbulento, o Flamengo recebe o São Paulo neste domingo (17), no Maracanã, às 16h (horário de Brasília), no Maracanã, pelo primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil. O jogo de volta acontece na outra semana, no dia 24, no mesmo horário, no Morumbi.