30/11/2013 20:10
STJD abre inquérito e pode punir o Fla
O tumulto no portão E do Maracanã minutos antes da final da Copa do Brasil, na última quarta-feira, pode render uma punição ao campeão Flamengo. O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Flávio Zveiter, determinou a abertura de um inquérito para apurar o que aconteceu na ocasião, quando a Polícia Militar autorizou a entrada dos torcedores espremidos no local, com o intuito de conter uma invasão em massa. Isso gerou discussão até sobre uma possível superlotação. Nesta segunda-feira, um auditor será sorteado para comandar o procedimento. O clube pode ser denunciado no artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), cuja pena indica multa de até R$ 100 mil e perda de mando de até dez jogos.
De acordo com o Zveiter, o mandante é o responsável pela organização do evento e qualquer ação que seja considerada irregular é passível de investigação.
- É um inquérito abrangente porque vai apurar quem não conseguiu sentar no lugar marcado e também uma possível superlotação, que seria a venda de ingressos acima da capacidade. Não acredito que tenha sido isso, e sim parece que houve mesmo o afunilamento de pessoas, causando a abertura dos portões. Serve muito mais como uma medida educativa também, porque é triste saber que temos a Copa do Mundo agora e ainda há torcedor que compra ingresso e não consegue entrar - afirmou o presidente do STJD.
Caso a hipótese de superlotação fosse confirmada, o Flamengo poderia ter que ficar até seis meses longe do Rio de Janeiro, por descumprir com gravidade o Estatuto do Torcedor.
Recentemente, o América-RN foi julgado no artigo 191 e recebeu o gancho de um mando e multa de R$ 7 mil. O problema, no entanto, foi outro. Um sinalizador foi atirado no gramado.
A Concessionária se manifestou a respeito da situação em nota oficial. Na noite de sexta-feira, foi além e enviou novo comunicado (veja abaixo), que tentava provar que não houve superlotação.
- Um grupo de torcedores invadiu o acesso E, pouco antes do jogo. Seguindo orientação do Comando da Polícia Militar, houve a liberação de parte do público para garantir a integridade física de todos os presentes. Minutos após a ordem ser retomada, o controle foi normalizado, assim como o fluxo de pessoas ao estádio. No entanto, após outras tentativas de invasões, em outros acessos, por determinação do Gepe, os portões do estádio foram fechados aos 38 minutos do primeiro tempo por questões de segurança.
O inquérito é previsto para acabar em até 30 dias. O STJD enviou intimações ao Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), o Juizado Especial Criminal (Jecrim), a Concessionária que administra o Maracanã e o Flamengo.
Confira a nota oficial da Concessionária sobre superlotação:
A concessionária que administra o Maracanã reitera que não houve superlotação no estádio durante a final da Copa do Brasil entre Flamengo x Atlético-PR, na última quarta-feira. O público presente foi de 68.857 pessoas, inferior à carga total, de 71.101, que também é menor do que a capacidade do estádio (78 mil lugares). Havia vários lugares vazios no estádio, inclusive no norte e no leste .
A concessionária reitera ainda que em nenhum momento as catracas do estádio apresentaram qualquer tipo de defeito. O sistema de controle de acesso permite a entrada de 800 pessoas por minuto e já foi amplamente testado em jogos com público similar. Conforme nota emitida à imprensa logo após o ocorrido, houve um princípio de tumulto causado por um grupo específico de torcedores, a maioria sem ingressos ou portando bilhetes falsificados, com o objetivo de invadir o estádio. Infelizmente, este grupo conseguiu ultrapassar as barreiras formadas pelo Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE) e a Polícia Militar passando por cima das catracas, que têm 2,2m de altura, entrando no estádio pelo vão de 50cm existente entre o topo da catraca e o teto em concreto da área de acesso.
Para garantir a integridade das pessoas e em respeito aos torcedores com ingresso que entravam de forma pacífica e organizada, houve, em alinhamento com o GEPE, Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ) e Flamengo, a abertura parcial dos portões da entrada E, pelos quais entraram os torcedores, sendo a imensa maioria portadora de ingresso. O controle da situação foi prontamente retomado pelas forças policiais, o sistema de controle de acesso voltou a operar normalmente e o jogo foi realizado sem nenhum tipo de ocorrência que prejudicasse o espetáculo.
Constatou-se que muitos torcedores preferiram assistir ao jogo em pé e também ocuparam as áreas de circulação, apesar das insistentes solicitações dos orientadores de desimpedirem os local e ocuparem as cadeiras que estavam livres. Outra ocorrência que vale registro é o fato de que, embora o Maracanã disponha de 291 banheiros, adequadamente dimensionados para sua capacidade total, alguns torcedores não procuraram os sanitários vazios, optando somente pelos que ficam perto dos acessos ou lamentavelmente utilizando os corredores como banheiro. Em ambos os casos, a concessionária vai reforçar as campanhas educativas em seus canais de comunicação, mas conta com a colaboração de todos para coibir essas práticas que não condizem com o conforto, a segurança e a cidadania que todos desejam.
4647 visitas - Fonte: Globo Esporte
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