Após ver o Flamengo campeão da Copa do Brasil, Jorginho tem a chance de conquistar a Copa Sul-Americana pela Ponte Preta e provar que é um treinador capaz de obter grandes resultados. Nesta terça-feira, após o treino de reconhecimento do gramado do Pacaembu, palco da primeira final contra o Lanús (ARG), o técnico voltou a ser perguntado sobre o seu sentimento:

- Há muitos treinadores que passaram por ali, que não venceram, mas que retornaram e foram vencedores. A diretoria (do Flamengo) veio com um discurso, mas não fez na prática. Um dia vou falar o porquê de eu ter sido demitido, porque não foram os maus resultados, eu tinha dois empates e precisava de tempo, isso é o imediatismo. Um dia quem sabe conto se eu escrever um livro - disse ele.

Na curta passagem no comando do Flamengo, Jorginho disputou 14 partidas, somando sete vitórias, quatro empates e três derrotas. Quatro destes triunfos foram na Copa do Brasil, diante de Remo (PA) e Campinense (PB). O técnico fez ainda um paralelo com a situação da Macaca, já que foi mantido no cargo mesmo diante de resultados ruins no Campeonato Brasileiro, torneio em que o time acabou rebaixado para a Série B. No mata-mata, porém, a equipe avançou até a final e pode ser campeã.

- Eles (a atual comissão técnica) têm méritos, mas se eu tivesse ficado na Copa do Brasil nós também iríamos bem, assim como o Mano Menezes. Tanto que no Brasileiro eles não aconteceram. Era um time para se manter na média, como o nosso, porque também não temos um elenco tão qualificado. Sou grato à diretoria da Ponte, porque nos momentos difíceis soube esperar - disse.

Na quarta-feira, às 21h50, a Ponte faz o primeiro jogo da decisão e a tendência é que mantenha o mesmo estilo de futebol que a vez superar o Vélez Sarsfield (ARG) e o São Paulo nas fases passadas:

- Somos pequenos, temos de jogar como pequenos, nossa forma de jogar é essa, é como encaixou. Jogamos fechados e saindo em velocidade. Esperamos o momento certo para sair - explicou ele.