Na arquibancada do Maracanã hoje, quatro cadeiras estão reservadas para a família Santos. O pequeno Halyson Guilherme vai realizar o sonho revelado numa cartinha ao Papai Noel, na qual pedia ingressos para o jogo do Flamengo com o desenho de um campo de futebol e três linhas escritas. A primeira vez dele num estádio acontece às 19h, no duelo entre o Rubro-negro e o Cruzeiro, na última rodada do Campeonato Brasileiro.

O pedido do garoto, que mora no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, tocou Eduardo Veiga, torcedor do Flamengo. Ao ler a história no EXTRA, ele não pensou duas vezes em dar o presente a Halyson, que faz 13 anos hoje.

— É gratificante poder ajudar na realização do sonho de uma criança, mais ainda de uma criança flamenguista. Tenho um irmão da mesma idade e vi a emoção dele ao entrar no Maracanã pela primeira vez. Quero que o Halyson viva esta mesma emoção — disse Eduardo.

O torcedor fez questão de entregar em mãos os ingressos, que vieram acompanhados de uma camisa oficial do time e uma mochila. O sorriso de Halyson foi de orelha a orelha ao receber o presente de Natal antecipado. “Obrigado, tio” era a única frase que ele conseguia dizer.

Halyson parecia não acreditar que ele, o pai Paulo César, o irmão Paulo Gustavo e a irmã Jhuly Ceiane iriam, em breve, experimentar a emoção de acompanhar um jogo do clube do coração ao vivo pela primeira vez.

— Fiquei muito feliz. Estou ansioso — disse ele, admirando os ingressos: — Vou guardar aqui no bolso para não perder. Estava até com vergonha de vir com a camisa que tenho do Flamengo (uma azul de goleiro). O emblema da parte de baixo caiu. Agora tenho uma novinha para usar no jogo(risos).

E se depender do confiante torcedor mirim, o Rubro-negro vai golear o Cruzeiro hoje. E um dos gols será marcado por seu ídolo, o lateral-esquerdo Leo Moura.

— Meu time vai ganhar de 3 a 0, com um gol do Leo Moura. Pelo menos um dele. E vai ter um do Brocador também — apostou ele.

Além da felicidade de ter conquistado o que desejou, Halyson ficou orgulhoso de se ver no jornal. Cópias da reportagem publicada no EXTRA quarta-feira estão espalhadas pela sede do projeto social do qual faz parte. A versão original o garoto levou para a escola, para mostrar aos coleguinhas e fazê-los morrerem de “inveja”.

— Levei para todos verem. Vou guardar direitinho.