Em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com, o diretor de operações do COL, Ricardo Trade, manifestou preocupação com o destino das arenas de Manaus e Cuiabá após a Copa do Mundo de 2014. O blog, então, ouviu os planos das duas sedes para evitar que os estádios virem elefantes brancos depois do Mundial. Em comum, há a certeza de que as arenas terão que abrigar muitos outros eventos que não jogos de futebol.

Maurício Guimarães, secretário da Copa do Mato Grosso:

- Estamos estudando o melhor modelo de concessão. O Mato Grosso tem muita demanda de turismo de negócios, então o estádio vai servir de sede para convenções, eventos. Estamos fora da agenda dos grandes shows, mas o estádio pode ajudar nisso. Ainda não temos como fazer futebol auto-sustentável no Mato Grosso, mas o estádio de Brasília provou neste ano que há uma tendência de interiorização. Vamos tentar levar grandes times para lá, já falamos com Flamengo e Corinthians para que façam um amistoso lá antes da Copa, e a recepção [dos clubes] foi boa. O que eu posso afirmar é que, com certeza, o estádio não será um elefante branco.

Miguel Capobiango, coordenador da Unidade Gestora da Copa em Manaus:

- O que estamos fazendo agora é mapear o que existe em termos de gestão de arenas padrão-Fifa. Contratamos a Ernst & Young, para sabermos quais são as alternativas que nós temos para sustentabilidade econômica da arena. Esperamos ter isso definido até março. O objetivo é que não onere o estado. O custo mensal vai ficar em torno R$ 500 mil, entre segurança, limpeza, água, energia elétrica, manutenção em geral, e isso independe da operação de cada evento. Por isso que a arena é multisuo, para que não tenha que depender só de futebol. Vamos ter UFC, congressos, eventos, montamos um centro de convenções ao lado. Futebol é a finalidade principai, mas não podemos manter o estádio só com esporte.