Um dos torcedores do Vasco detido pela polícia na briga da Arena Joinville, no último domingo, já foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro. Jonathan Fernandes dos Santos, de 23 anos, foi condenado em 2010 por ter participado da morte de Germano Soares da Silva, 44 anos, em 2007, em uma briga generalizada na Praça XV, no Centro.

Presente na briga deste final de semana, ele foi detido com outros dois vascaínos e transferido para o presídio regional de Joinville. Os três responderão por tentativa de homicídio, crime contra o patrimônio e por ferirem o artigo 41-B do Estatuto do Torcedor (incitar a violência em praça esportiva).

Jonathan também tem um processo por porte ilegal de arma que ainda aguarda julgamento. Em 2007, ele foi indiciado com mais sete pessoas, uma delas menor de idade, por ter participado do espancamento do líder da Torcida Jovem Fla. A ação foi orquestrada por membros da Fúria Jovem, do Botafogo, e da Força Jovem, do Vasco.

Germano foi espancado com barras de ferro, pedaços de pau, pedras e até cone de trânsito. Ele teve os ossos da face e o crânio quebrados e perdeu massa encefálica. Desacordado, foi despido pelos agressores e teve a carteira e o celular roubados. Ele tinha passagens pela polícia: três vezes por agressão, uma por ameaça e outra por tentativa de homicídio.

Torcedores têm alta em Joinville
Dos quatro torcedores levados ao hospital após a briga na Arena Joinville, apenas um continua internado. O atleticano Estevão Viana, de 24 anos, e o vascaíno Gabriel Ferreira Vitael, de 20, ficaram em observação pela equipe de neurologia Hospital Municipal São José durante a noite e foram liberados por volta das 10h.

O atleticano William Batista, de 19 anos, também passa bem, apesar de ter sofrido um corte no crânio e um trauma mais severo. A família do torcedor preferiu transferi-lo e mantê-lo em observação em um hospital particular da cidade catarinense. Diego Cordeiro da Costa Ferreira, de 29, também foi encaminhado ao Hospital Municipal São José na tarde de domingo, mas pôde ir para casa horas depois.

Empresa diz que advertiu Atlético-PR
Empresa particular contratada pelo Atlético-PR para realizar a segurança do jogo de domingo contra o Vasco, a Mazari Segurança se isentou de qualquer culpa sobre a briga de torcidas que ocorreu na arena Joinville e disse ter advertido o time paranaense de que o número de homens pedido foi baixo.

De acordo com Arílson Alves, chefe da empresa com sede em Joinville, foram contratados a pedido do Atlético-PR, mandante do jogo, 60 homens para fazer revista, divisão de torcidas e se situar em outros pontos estratégicos na arena. O clube de Curitiba trouxe ainda outros 30 seguranças particulares.