Há cercas de três meses, Eduardo Bandeira de Mello nem sonhava ser presidente do Flamengo e jamais poderia imaginar o cenário atual positivo para o clube e ser creditado como grande responsável pelas mudanças. Neste fim de semana, ele completa um mês no comando do rubro-negro e vê inúmeros motivos para comemorar o início da gestão.

Primeiramente, como bom torcedor que sempre foi, o mandatário vibrou com as cinco contratações fechadas para a temporada. Na sequência das boas notícias, Bandeira viu seu grupo fechar um patrocínio máster após mais de um ano de jejum e camisa “lisa” e dar um fôlego nas finanças rubro-negras.

Por fim, o único ponto negativo do primeiro mês: sofrendo com as penhoras, a nova diretoria ainda não conseguiu avançar nas obras do CT e vê um dos grandes projetos atrasados neste primeiro momento.

E o trabalho é tanto que Eduardo Bandeira de Mello mal consegue arranjar um tempo para conceder entrevistas e comentar o momento. Vice presidente de futebol, candidato inicial do grupo vencedor da eleição e líder da diretoria, Wallim Vasconcellos assume o papel e faz um balanço positivo dos primeiros dias no comando do Flamengo.

“Temos um mês da posse e 24 dias [iniciaram o trabalho de fato no dia 2 de janeiro] com a caneta na mão. Confesso que já fizemos muitos mais do que poderíamos imaginar. O trabalho tem sido intenso, o dia inteiro, mas a recompensa é bacana. Todos estão vendo que o Flamengo melhorou, se profissionalizou. Estamos resgatando a credibilidade e o orgulho”, comentou Wallim, prometemos ainda mais para o futuro.

“E o futuro será muito melhor. Pode anotar. Mesmo com estes acertos no início da gestão, o primeiro semestre será complicado. A segunda metade do ano será muito melhor”, projetou o vice de futebol e líder da diretoria.

E as metas são claras para tal melhora. No futebol, após fechar com Carlos Eduardo, Elias, Gabriel, João Paulo e Wallace, o clube pretende trazer dois reforços de peso para o Campeonato Brasileiro.

Na área de marketing e novas receitas, após fechar com Adidas e Peugeot, a ideia é ter mais dois patrocinadores masters, arrecadando mais de R$ 40 milhões com novos parceiros.

E no único ponto negativo, a diretoria promete soluções em breve. “A tarefa é árdua, mas estamos buscando reduzir as dívidas e amenizar o efeitos das penhoras. Vamos pagando o que devemos, recolhendo os impostos e organizando em casa. Em um mês, fizemos muito mais neste aspecto que nos últimos três anos”, valorizou Flávio Willeman, vice jurídico do Flamengo.

De fato, a ideia é que o problema das penhoras seja resolvido e o CT possa receber a injeção de verba necessária para a conclusão das obras, que estão em ritmo lento desde novembro. A diretoria ainda não fala abertamente sobre o caso, mas trabalha para ter operários concluindo o Ninho do Urubu a partir de março. Mesmo com tantos problemas, o objetivo é entregar o tão sonhado centro de treinamento até o fim de 2013.