O Flamengo está considerando adotar o modelo de Sociedade Anônima de Futebol (SAF) para viabilizar a construção de um estádio próprio. Em uma entrevista ao ge, o presidente Rodolfo Landim expressou seu apoio à implementação da SAF, porém com moldes diferentes dos existentes no futebol brasileiro. Ele citou o exemplo do Bayern de Munique, que abriu uma empresa homônima à associação civil e vendeu participações minoritárias para três companhias alemãs, mantendo o controle majoritário. Landim revelou que já conversou com possíveis investidores de fora do Brasil, tanto fundos de investimento quanto empresas, e considera a venda de 25% da SAF rubro-negra como uma forma mais segura de viabilizar a construção do estádio, mantendo o controle da associação.

Além disso, Landim ressalta que o modelo de governança de uma empresa permite a manutenção do legado construído a partir dos 11 anos de reestruturação financeira do Flamengo. Ele defende que a SAF não o perpetuará no poder do clube e se compromete a não ser CEO da eventual empresa. O presidente também menciona a importância de transformações estatutárias que garantam a continuidade de uma gestão com disciplina de capital no clube.

Quanto às finanças, Landim afirma que o Flamengo vem se preparando para o grande investimento no estádio, sem deixar de contratar jogadores. O clube hoje não tem dívida bancária, reduziu obrigações relacionadas a impostos e tem evitado criar novas pendências, tudo visando deixar a associação pronta para as obras da futura arena. Ele menciona ainda que a responsabilidade pelo clube recai sobre o presidente, sendo ele o responsável por eventuais erros e acertos da gestão.