A nota oficial do Atlético-PR acusando o Flamengo de aliciador no caso do lateral-direito Leo não foi nem um pouco bem digerida na Gávea. No informe, o clube paranaense afirma que exerceu a prioridade para ficar com o atleta no dia 26 de dezembro, quando fez o depósito bancário ao Vitória no valor que consta no contrato. De acordo com o Flamengo, os termos são outros.
Caso um clube tivesse interesse em Leo e fizesse uma proposta superior à existente no contrato firmado entre Atlético-PR e Vitória, o clube paranaense deveria igualar o valor e, em 24 horas, apresentar um contrato de trabalho, ou seja, chegar a um acerto com Leo pelos próximos anos.

"Isso é desculpa que estão dando para a torcida por terem perdido o jogador. Já perderam o Everton porque não foram atrás do Tigres para adquirir o passe dele e também do Vitória. O dono do passe dele é o Vitória, fomos atrás para saber qual a situação. Eu falei que cobriria porque tínhamos interesse no jogador", disse o vice-presidente de futebol do Flamengo, Wallim Vasconcellos.

Segundo o dirigente do Flamengo, o Atlético-PR tem até segunda-feira, dia 30 de dezembro, para depositar a diferença entre o valor existente em contrato e a proposta dos cariocas por 50% dos direitos econômicos de Leo. Depois, até o dia 2 de janeiro o Atlético-PR teria de apresentar um contrato de trabalho com o lateral. O Flamengo chegou a um acordo com o jogador com reajuste salarial e quatro anos de validade. A confiança de Wallim é grande.

"Tudo foi feito da mais correta possível. Se a gente tivesse ido no atleta primeiro, se fizéssemos proposta com contrato vigente e tudo, aí concordo que seria antiético. Cobrimos a proposta para conversar com o jogador. O Leo quer jogar no Flamengo. Não temos nada contra o Atlético-PR", argumentou o dirigente.

Tão logo a nota oficial do Atlético-PR foi divulgada, muitos torcedores chegaram a comparar o caso com a negociação do lateral-direito Wellington Silva, no início de 2013. Na ocasião, o Flamengo tinha 16% dos direitos do jogador e prioridade de compra de outros 34%. Mas o Fluminense chegou a um acerto com o Resende, detentor da maior parte do atleta, e o levou para as Laranjeiras, sendo acusado pelso dirigentes rubro-negros de falta de ética. '

"É bem diferente. Wellington Silva tinha um acordo com a gente para renovar e o jogador se escondeu, não deixava a gente falar com ele. Tínhamos parte dos direitos, o Fluminense dizia que não havia interesse e apareceu com o jogador. É um direito do atleta optar, mas fomos atrás dos nossos direitos também", optou Wallim Vasconcellos.

Diante do imbróglio, a expectativa é de que Leo seja anunciado como o segundo reforço do Flamengo no início do próximo ano, já que ainda não existe um acordo entre Leo e o Furacão e o prazo final é dia 2 de janeiro de 2014.