?Clique aqui para seguir o canal ge Futebol Internacional no WhatsApp. O lance mais discutido do sábado no futebol brasileiro, a "tacada" de uma segunda bola em campo na oficial de jogo, que rendeu o pênalti da vitória do Flamengo sobre o Criciúma, aconteceu há pouco mais de um ano na Espanha, envolvendo Vinícius Júnior, mas não teve a mesma repercussão daqui. O motivo: a partida ficou marcada por outro episódio, nada esportivo, os gritos racistas da torcida do Valencia contra o atacante brasileiro do Real Madrid. Em 21 de maio do ano passado, o Real perdeu para o Valencia por 1 a 0 pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol, no estádio Mestalla. Buscando o empate no segundo tempo, Vini Jr. avançou pela esquerda e já ia passando pelo francês Foulquier quando o zagueiro suíço Comert chutou uma bola que estava na área e tirou a bola do jogo dos pés do brasileiro, ao lado da grande área. Ao contrário do árbitro brasileiro Maguielson Lima Barbosa, que não teve dúvidas em marcar pênalti para o Flamengo em lance idêntico no Mané Garrincha, o espanhol Ricardo de Burgos levou quase dois minutos para tomar uma decisão e chegou a se comunicar com colegas da equipe de arbitragem pelo rádio para marcar a falta para o Real Madrid, como indica a regra do jogo. Durante a paralisação, torcedores que estavam atrás do gol do Valencia começaram a chamar Vini Jr. de "mono" (macaco em espanhol), gerando reclamação não apenas do atacante brasileiro como de outros colegas do Real, como o também brasileiro Éder Militão. O jogo seguiu paralisado, com vários atletas dos dois times envolvidos na discussão, e a falta só foi cobrada nove minutos após a infração. Aquela foi apenas a primeira grande confusão envolvendo os torcedores do Valencia. Nos acréscimos, Vini Jr. voltou a chamar a atenção do árbitro sobre novos gritos racistas contra ele, e depois de uma enorme discussão envolvendo jogadores dos dois times e torcedores na arquibancada, Vini Jr. acabou expulso. Após a partida, o Comitê de Competição da Federação Espanhola de Futebol decidiu anular o cartão vermelho dado a Vini Jr. Além disso, o Valencia foi punido com o fechamento em cinco partidas do setor do estádio Mestalla de onde partiram as ofensas racistas. Em junho deste ano, três torcedores do Valencia que estavam naquela partida foram condenados a oito meses de prisão pelos ataques racistas a Vini Jr. Nas redes sociais, o brasileiro celebrou a decisão judicial: "Que outros racistas tenham medo". Aquele jogo marcou um ponto de mudança na discussão sobre o racismo no Campeonato Espanhol, tendo Vini Jr. como principal nome na luta contra a discriminação racial no futebol do país.

O motivo: a partida ficou marcada por outro episódio, nada esportivo, os gritos racistas da torcida do Valencia contra o atacante brasileiro do Real Madrid. Durante a paralisação, torcedores que estavam atrás do gol do Valencia começaram a chamar Vini Jr. de "mono" (macaco em espanhol), gerando reclamação não apenas do atacante brasileiro como de outros colegas do Real, como o também brasileiro Éder Militão. Aquele jogo marcou um ponto de mudança na discussão sobre o racismo no Campeonato Espanhol, tendo Vini Jr. como principal nome na luta contra a discriminação racial no futebol do país.