O Flamengo, enfim, conseguiu um terreno para construir o seu tão sonhado estádio, previsto inicialmente para ser inaugurado no dia 15 de novembro de 2029, dia do aniversário de 134 anos do clube. Mas as obras - num custo total previsto entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões - estão previstas para começarem somente em 2025. Até lá, ainda há várias etapas que o Rubro-Negro precisará cumprir. Veja abaixo os próximos passos: Pagamento e imissão de posse Após arrematar o terreno em leilão na última quarta-feira, o Flamengo tem cinco dias úteis para efetuar o pagamento dos aproximadamente R$ 138,2 milhões em uma conta indicada pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Depois disso, o município cumpre os requisitos para imissão de posse - o que significa repassar uma propriedade para um comprador, no caso o Flamengo - e apresenta o valor ao FII PM (Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha), gerido pela Caixa Econômica Federal, que era o dono do Gasômetro antes da área ser desapropriada. Se o banco estatal e o FII PM não aceitarem os cerca de R$ 138,2 milhões, a prefeitura depositará a quantia em juízo e ela ficará guardada enquanto houver a discussão, provavelmente com a realização de uma perícia para avaliar o valor do terreno. A tendência é que a Caixa siga na Justiça para pedir um aumento do preço, assim como fez na época da desapropriação do Terminal Gentileza, também na própria área do Gasômetro.
Concorrência para projetos básico e executivo As imagens do estádio e da urbanização do entorno divulgadas até agora são parte de um estudo de viabilidade técnica - chamada de projeto conceitual -, mas que não serve de referência precisa para a obra. Isso quer dizer que a imagem desse anel com cobertura que você vai ver na imagem mais abaixo é quase que meramente ilustrativo. Agora que tomará posse do terreno, o Flamengo vai abrir concorrência para a elaboração dos projetos para um estádio com capacidade de 70 a 80 mil pessoas - é o que a diretoria do clube tem deixado chegar ao mercado.
Além dos projetos, o Flamengo vai abrir concorrência para a obra propriamente dita. O colunista do "O Globo" Lauro Jardim noticiou que foram citadas nos estudos do clube duas empresas, a OEC (antiga Odebrecht) e a EGTC (antigo Queiroz Galvão), duas empresas que participaram de várias das obras de construção e de reformas dos estádios para a Copa de 2014 e que foram acertadas em cheio pela série de denúncias e investigações da Operação Lava Jato na última década.
Obter licenças Assim que montar o projeto básico, o Flamengo entra com o pedido de todas as licenças necessárias para a obra, como por exemplo: licença de urbanismo (com a Prefeitura); licença dos Bombeiros que permite ter o habite-se; certificação do projeto de estrutura... Além disso, qualquer tipo de transformação de espaços públicos tem que passar necessariamente pela Câmara de Vereadores para as devidas autorizações.
Venda de naming rights Outra importante fonte de renda para a obra vai ser a venda dos naming rights do estádio, que vai definir o nome da nova casa rubro-negra.
Venda do Morro da Viúva O prédio no Morro da Viúva, que em outros tempos serviu de moradia para atletas do Flamengo, foi vendido em 2018 para construtoras, mas o clube ficou com 30% do empreendimento.
Procurar parcerias O estudo de viabilidade técnica do Flamengo e que convenceu a prefeitura leva em consideração uma outra área de aproximadamente 33 mil m², do outro lado da Avenida Pedro II, para a construção de um complexo com shopping, edifício garagem, escritórios e hotéis. Porém, esse terreno não fez parte do que foi leiloado pela prefeitura na última quarta-feira. Sua construção dependerá de projetos feitos por terceiros em parceria com o Rubro-Negro.
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