A timidez é a mesma do tempo em que chegou ao Flamengo em 2008, com apenas 20 anos. O Éverton que voltará a vestir a camisa rubro-negra quase seis anos depois, porém, é bem diferente daquele jogador que custou a se adaptar à pressão de um clube como o Flamengo. Mais experiente, carrega o peso de ser até o momento a principal contratação para a disputa da Libertadores. E não se assusta. A decisão de voltar foi, segundo o próprio Éverton, a necessidade de acertar uma conta com o passado.

— Com a cabeça que tenho hoje, não teria ido para o México em 2010. Eu era muito novo, e a negociação era boa também para o grupo que detinha meus direitos (Traffic). Sonhava em voltar por isso também. É um acerto de contas. Quero disputar a Libertadores que deixei para trás em 2010 e lutar por esse título — afirma o meia.

Éverton sabe a responsabilidade que carrega em seu retorno. E tem certeza de que está pronto para mostrar em campo o futebol que levou os dirigentes a decidirem contratá-lo depois de uma boa temporada pelo Atlético-PR.

— Eu era muito jovem quando cheguei pela primeira vez. Agora volto com outra responsabilidade. Estou mais maduro, vivi muita coisa nesse tempo em que fiquei fora, rodei muito. Estou mais preparado para a pressão — assegura o jogador.

O apoiador sabe bem como a torcida rubro-negra é exigente, mas acredita que o retorno em forma de apoio compensa, e muito, as cobranças. Éverton aposta que a torcida saberá embalar o time na Libertadores, como fez durante a campanha que resultou no título da Copa do Brasil no ano passado, justamente contra o Atlético-PR, seu ex-clube.

— O torcedor do Flamengo é apaixonado e foi decisivo no título da Copa do Brasil. Só quem já enfrentou o Flamengo no Maracanã sabe a pressão que é. Eles vão nos ajudar muito na Libertadores, e daremos o retorno em campo — garante.