7/1/2014 07:59
Fla mira mercado sul-americano, mas passado mostra apostas equivocadas
Na última década, 13 jogadores de países vizinhos defenderam o clube e poucos se destacaram. Maldonado e 'El Tigre' se salvam em lista com Borja, Colace, Gavilán...
No Flamengo, o presidente Eduardo Bandeira de Mello já deu a ordem: com o caixa apertado, o jeito será apelar para criatividade para reforçar a equipe para disputar a Libertadores. A diretoria entendeu o recado, tem mapeado o mercado e pensa com carinho em reforços sul-americanos. O vice de futebol, Wallim Vasconcellos, inclusive, já disse que tentará ocupar as quatro vagas da nova cota para estrangeiros aprovada pela CBF. Entretanto, será preciso um olhar minucioso para que novas apostas não sejam em vão, como se tornou rotina na última década. Desde 2004, 13 atletas de países vizinhos passaram pela Gávea, e o rendimento não foi de encher os olhos.
Do grupo, o chileno Maldonado, que chegou em 2009, quando já era velho conhecido dos brasileiros, e o paraguaio Cesar Ramires foram os que deram o melhor retorno em campo. O volante foi importante na conquista do hexacampeonato brasileiro, logo após ser contratado. Ao todo, foram três anos na Gávea e mais um título, o Estadual de 2011. Lesões no joelho, porém, atrapalharam o rendimento. Já 'El Tigre' vestiu rubro-negro em 32 oportunidades, entre 2005 e 2006, marcou 11 gols e teve papel determinante na fuga do rebaixamento do Brasileirão de nove anos atrás.
Contratado com a fama de ser primo de Messi, Maxi Biancucchi não chegou a ser decepcionante, mas esteve longe de ser protagonista nos três anos que ficou na Gávea. Destaque em um Fla-Flu pouco após a estreia, participou bastante da arrancada rumo à Libertadores em 2007 e perdeu espaço nas temporadas seguintes. Nomes como Fierro, Botinelli e os próprios Marcos Gonzalez e Victor Cáceres, que ainda estão no elenco, não chegaram a ser tiros n'água e conseguiram boas sequências no Flamengo. Nenhum deles, porém, empolgou o torcedor.
A lista conta ainda com decepções e até mesmo fiascos. Contratado para ser o artilheiro da equipe no ano passado, Marcelo Moreno entrou em campo apenas 21 vezes e marcou cinco gols. Lesões e convocações para seleção boliviana deram espaço para Hernane, que desandou a fazer gols e retomou a posição. O uruguaio Horacio Peralta é outro que entra na categoria decepção. Apresentado com pompa pelo então vice de futebol, Kleber Leite, jogou 20 vezes, marcou quatro gols e ficou mais conhecido por suas passagens pela noite do Rio.
Dois outros gringos tiveram desempenhos trágicos, mas nem por isso passaram despercebidos. Com sete jogos, o argentino Sambueza e o colombiano Cristian Borja não corresponderam nas oportunidades que tiveram e foram perseguidos pelo torcedor. O último foi contratado ao Caxias (RS), indicado por Zico, e acabou repassado para o time sub-23. Na rabeira da fila estão dois volantes: o paraguaio Gavilán e o argentino Hugo Colace, que entraram em campo apenas cinco vezes e não deixaram saudade.
Para não dizer que tudo deu errado, em um passado distante o Flamengo já se deu bem com sul-americanos. Doval talvez seja o maior exemplo deles. Em 263 partidas, o atacante argentino fez 92 gols em duas passagens, entre 1969 e 75, sendo o maior artilheiro estrangeiro rubro-negro. Também "hermano", Agustín Valido entrou para história ao marcar o gol que garantiu o primeiro tricampeonato carioca, em 1944, contra o Vasco, e se destaca em um restrito hall que conta com os paraguaios Modesto Bria, Reyes, entre outros.
A diretoria rubro-negra pode estar de olho no mercado sul-americano, o futebol nacional reserva nomes de sucesso, como Conca e Montillo nos últimos anos, mas com o histórico recente nunca é demais lembrar: o radar tem que estar muito bem apurado para que o escasso dinheiro rubro-negro não seja revertido em novos investimentos fracassados.
Relembre os sul-americanos que estiveram no Fla desde 2004
Fierro (Chile) - 93 jogos e dois gols
Darío Bottnelli (Argentina) - 90 e 11 gols
Maldonado (Chile) - 75 jogos e um gol
González (Chile) - 74 e dois gols
Maxi Biancucchi (Argentina) - 69 jogos e sete gols
Cáceres (Paraguai) - 38 jogos e um gol
Cesar Ramirez (Paraguai) - 32 jogos e 11 gols
Moreno (Bolívia) - 21 jogos e cinco gols
Peralta (Uruguai) - 20 jogos e quatro
Cristian Borja (Colômbia) - 7 jogos e nenhum gol
Sambueza (Argentina) - 7 jogos e nenhum gol
Gavilán (Paraguai) - 5 jogos e nenhum gol
Hugo Colace (Argentina) - 5 jogos e nenhum gol
2794 visitas - Fonte: Globoesporte.com
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