Tão logo ganhou a Copa do Brasil e garantiu a vaga na Copa Libertadores, a diretoria do Flamengo não economizou no discurso e prometeu pelo menos quatro reforços de peso para a temporada 2014. No entanto, tal promessa, assim como já havia ocorrido na janela do início de 2013, não foi cumprida até a reapresentação do elenco – nesta quarta-feira, às 15h, no CT Ninho do Urubu – e diminuiu a empolgação da torcida.

Com investimentos limitados e ainda sufocado pelo pagamento de mais de R$ 7 milhões por mês em dívidas, o clube teve que mudar o foco e passou a mirar veteranos sem espaços em seus clubes para o lugar dos tais "nomes de peso". Sem armas para lutar por grandes craques que atuam na Europa, o Rubro-negro aposta em nomes como Elano – contratado na última terça – e Alecsandro, que mantém conversas adiantadas e pode ser anunciado ainda nesta semana.

Os veteranos – ao lado de Feijão (Bahia), Everton e Léo (ambos do Atlético-PR) – agradam comissão técnica e diretoria, que buscam experiência para um torneio como a Libertadores. No entanto, a lista momentânea de reforços deixa o Flamengo sem uma "estrela", objetivo do clube para comandar a equipe em campo e aumentar a identificação com a torcida.

Nas duas últimas edições que o Flamengo participou, em 2010 e 2012, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Vagner Love assumiram o papel de medalhão, que deve ficar vago em 2014.

"O mercado está difícil. As coisas não são mais como antigamente. E agora nossa cabeça é outra. Vamos contratar quem tivermos condição de pagar. Sobre os nomes de peso, é uma questão diferente. Todos os jogadores para nós são importantes. Vamos tentar seguir nos reforçando para a Libertadores", disse o diretor executivo de futebol do Flamengo, Paulo Pelaipe.

Outro veterano tentado pelo Flamengo foi Zé Roberto, que, assim como Elano, não deverá ser aproveitado no Grêmio e era considerado caro para os gaúchos. A conversa pelo meia, porém, não passou da fase de sondagens.

Além dos veteranos, outra aposta do Flamengo é o mercado sul-americano. Dos países vizinhos, o Rubro-negro espera ter entre três e quatro reforços. Sem dinheiro, o clube aposta em experiência e conhecimento de torneio sul-americano para superar a impossibilidade de cumprir as promessas iniciais de reforços.