Momentos antes de ter sido apresentado pelo Flamengo, na tarde da última terça-feira, o zagueiro equatoriano Frickson Erazo recebeu a reportagem do LANCE!Net, no hotel onde que o Flamengo está hospedado durante esta pré-temporada, para um bate-papo exclusivo. E, há poucos dias no Rio de Janeiro, já parece se sentir em casa. Vindo de uma camada humilde da sociedade do país dele, o defensor garante que, mesmo ao chegar a um clube da grandeza do Flamengo, continuará sendo pautado pela simplicidade.
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– Sou muito simples. Eu me identifico com as pessoas mais humildes. Sou muito tranquilo. Posso comer uma picanha no melhor restaurante do Rio, como também tomar um café na esquina – avisou o reforço rubro-negro.

Confira a entrevista exclusiva com o novo zagueiro do Fla:

Pedro Barboza: Você diz ter vindo de uma camada humilde da sociedade equatoriana. Agora, no Rio de Janeiro, como se vê em meio à grandeza do Flamengo?

Frickson Erazo: Esta pressão que existe por se vestir a camisa do Flamengo me encanta. Todo mundo sabe da grandeza do clube, há muitos torcedores fanáticos. Sei da responsabilidade que vou carregar por vestir esta camisa tão importante.

P.B.: Nesta sua chegada ao Flamengo, você já começou a se ambientar com os companheiros de elenco? Como tem sido esta relação com os jogadores?

F.E.: Já tive a possibilidade de conversar com o González e com o Cáceres, que sempre foram meus adversários nas Eliminatórias da Copa. Falei também com o Elano, que conhece um companheiro da minha seleção equatoriana que jogou com ele no Manchester City (ING).

P.B.: Está muito ansioso para entrar em campo pela primeira vez? Quanto representa para você vestir a camisa do Flamengo?

F.E.: Quero jogar logo. O que encanta um jogador é poder atuar. Imagina, um jogador equatoriano vestindo a camisa de um clube da grandeza do Flamengo. Isto é muito representativo. Quero mostrar a razão para eu ter sido contratado pela diretoria.

P.B.: Falando um pouco mais de você, como começou a sua carreira de jogador?

F.E.: O futebol apareceu na minha vida quando eu tinha 16 anos. Comecei a jogar bola em Quito, no Equador, para não ficar sem fazer nada em casa. Meus amigos diziam que eu era muito bom, mas meu pai nunca acreditava. Porém, teve um dia que ele, finalmente, foi me assistir. Depois de 30 minutos de partida, falou que eu era um craque (risos).

P.B.: Mas você sempre quis ser jogador de futebol?

F.E.: Não. Sempre tive o sonho de me formar em administração de empresas ou em economia. Cheguei a estudar informática por quatro anos, foi bem interessante, mas acabei indo para o futebol mesmo. Sou muito feliz na minha profissão, não posso reclamar da minha vida.

P.B.: Você sempre foi zagueiro ou começou a carreira jogando em outra posição?

F.E.: Não. Eu comecei como volante. Gostava de jogar mais na frente também, mas, por causa da minha altura, acabaram me convencendo de que eu tinha de jogar como zagueiro. Até que deu certo, né (risos)?!

P.B.: Qual a razão para o seu apelido ser El elegante? Como surgiu a alcunha?

F.E.: Este é um apelido que surgiu há dois anos. Pedi para os meus seguidores no Twitter elegerem um apelido legal para mim, pois as pessoas sempre gostaram do meu jeito de jogar e de falar, além da minha maneira de me vestir. Daí que surgiu o apelido.

P.B.: Por fim, qual o seu principal objetivo no Flamengo?

F.E.: Este clube está acostumado a conquistar títulos. portanto, eu não posso pensar diferente. Quero ser campeão de todas as competições que disputarmos. Já joguei a Libertadores, sei que o clube deseja este título. Acho que posso ajudar neste objetivo.