A investigação em torno de suspeita de manipulação de jogo por Bruno Henrique, do Flamengo, inclui alerta de casas de apostas, relatório da CBF, nove apostadores com movimentações suspeitas e até um monitoramento do atleta pela Polícia Federal. A investigação aponta que existe uma teia, com duas ramificações. Até agora, foram identificadas 13 contas diferentes em sites de apostas, como nove titulares distintos. Entre eles, alguns parentes do jogador e pessoas que moram na região metropolitana de Belo Horizonte. Essas informações constam no inquérito policial para apurar os crimes de fraude ao resultado e corrupção passiva esportiva. O UOL teve acesso após os dados se tornarem públicos pela Justiça do Distrito Federal.
O jogo sob suspeita é o Flamengo x Santos, em novembro de 2023, pelo Brasileiro. Bruno Henrique recebeu um cartão amarelo aos 52 minutos do segundo tempo por tentar chutar Soteldo. Na sequência, foi expulso por reclamação ao juiz Rafael Klein. Foi a casa de apostas Betano que constatou inicialmente uma movimentação atípica de apostas. Isso foi levado a empresas de monitoramento. A Betano apurou que 98% das apostas do seu mercado de cartões apontaram que Bruno Henrique receberia um cartão. Na Galerabet, esse indicador estava na casa dos 95%. A KTO também trouxe a informação de que havia apostas direcionadas para a punição do jogador. Pelo histórico de atuação de Bruno Henrique, o Núcleo de Análise de Dados e Apoio Investigativo da Coordenação de Repressão à Corrupção da PF tinha uma estimativa calculada.
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