Enquanto o Flamengo A segue a preparação para a Libertadores, o time B mostrou que também vai brigar por vaga na lista da principal competição do clube no primeiro semestre. Num jogo longe de qualidade técnica, Welinton mostrou estrela e fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Audax, na tarde deste domingo, no Maracanã. Com o resultado, o Rubro-Negro foi o único dos quatro grandes do Rio de Janeiro a vencer na primeira rodada do estadual - a última vez que o Fla repetiu o feito foi há 33 anos, em 1981.
Mesmo com jogadores que não estão nem como segunda opção de suas posições, o entrosamento rubro-negro conseguiu ser maior que do Audax, que treina há mais tempo, mas reformulou o elenco por inteiro.
A tarde também foi de apresentação de reforços no Maracanã. Dos sete contratados pelo Fla, Elano, Everton, Léo, Frickson Erazo e Lucas Mugni entraram em campo com a camisa rubro-negra antes do jogo e saudaram os torcedores. Alecsandro informou ao clube que tinha compromissos pessoais e não participou da cerimônia, da mesma forma que Feijão, que foi relacionado e estava no banco de reservas.
Com a vitória, o Flamengo somou três pontos e divide a terceira posição da Taça Guanabara com o Nova Iguaçu e atrás de Madureira e Bangu, que têm mais gols marcados no critério de desempate. Na próxima rodada, o Rubro-Negro volta a campo nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), para enfrentar o Volta Redonda no Raulino de Oliveira. No mesmo dia, só que às 17h, o Audax recebe o Resende em Moça Bonita.
Aplausos a Welinton, Negueba e Paulo Victor
O time rubro-negro escolhido para estrear no estadual tinha não só jogadores buscando espaço na lista da Libertadores, mas também quem ainda tenta conquistar a torcida. Casos de Gabriel, Val, Negueba... E Welinton. Um dos mais criticados pelos torcedores, o zagueiro que quase foi vendido ao futebol russo foi o primeiro a ser aplaudido com a bola rolando, com cinco minutos. Após desvio de Cáceres no escanteio, o defensor ficou livre e mostrou oportunismo para chutar de primeira e fazer 1 a 0. A bola aérea, por sinal, foi a principal arma de um Fla pouco criativo. Foram oito contra cinco do Audax, que teve mais posse de bola: 55%. Welinton quase fez outro em cruzamento de Negueba, e pouco depois Val também assustou de cabeça.
Lá na frente, Negueba fez as vezes de Hernane. Com uma chuteira de cada cor - assim como jogou o Brocador na final da Copa do Brasil do ano passado -, o atacante arriscou chutes perigosos e também arrancou aplausos da arquibancada. Só que em menor quantidade do que Paulo Victor. Depois dos 25 minutos, o Flamengo começou a dar sinais de cansaço, e o goleiro, a trabalhar. Ele salvou as bombas de Willian e Wellington Soares, e deu sorte na cobrança de falta de Aderaldo que raspou a trave, evitando o empate do Audax no fim do primeiro tempo.
Mattheus faz torcida gritar nome de Cadu, e Feijão estreia
Se a torcida aprovou Negueba, Jayme de Almeida não gostou tanto assim. O treinador trocou o atacante por Muralha para o segundo tempo e colocou o time para jogar no contra-ataque. Velozes, Gabriel aberto na esquerda e Nixon, na direita, criaram uma chance clara. Só que o primeiro demorou a fazer o passe, e o segundo chutou em cima do goleiro Yamada, aos seis minutos. Aos 20, foi a vez de João Paulo, após tabela com Nixon, perder uma oportunidade na cara do gol. Yamada de novo salvou. Se lá na frente as oportunidades diminuíram para o Fla, atrás ao menos os sustos não foram grandes. A não ser de novo na bola parada de Aderaldo, que continuava passando perto da meta de Paulo Victor.
Estreando na profissão, Válber tentou mexer em vão com sua equipe ao colocar Adílson, Michel e Alê nos lugares de Willian, Kláuber e Lucas Casotti. Mesmo recuado, o Fla esteve mais próximo de marcar o segundo, como no bolão de Muralha que deixou Mattheus na cara de Yamada, mas ele chutou para fora. Lance que fez a torcida até gritar o nome de outro perseguido em 2013, Carlos Eduardo. E Jayme atendeu o pedido, colocando o meia no lugar de um muito vaiado Mattheus. Aos 42, o comandante rubro-negro também promoveu a estreia de Feijão, que pouco tocou na bola.
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