Ouvir vaias tornou-se corriqueiro para Welinton e Carlos Eduardo no Flamengo. Revelado pelo clube em 2009, o zagueiro sempre conviveu com muitas críticas. Quando deixou o Rubro-negro pela primeira vez, em janeiro de 2013, foi substituído por Cadu como principal alvo da torcida. Neste domingo, a dupla viveu sensação diferente. O camisa 3 marcou o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Audax, e o meia, que iniciou a partida no banco, teve seu nome gritado na etapa final.

O meia Mattheus, tratado como uma das joias da base há algum tempo, foi muito vaiado em campo. As manifestações da torcida começaram no início do segundo tempo, quando o atleta pouco aparecia. Depois de perder gol feito, sofreu com a ira da torcida.

HERÓI IMPROVÁVEL

Até que fazer gol não chega a ser uma novidade para Welinton, autor de quatro em 150 jogos com a camisa do Flamengo. Mas ele, um dos jogadores mais perseguidos pela torcida recentemente, jamais havia marcado de forma tão decisiva como neste domingo. Seus outros gols aconteceram no empate com o Ceará (2 a 2), em 2010, em derrota para o Atlético-PR (por 2 a 1, em 2011) e no triunfo por 3 a 0 sobre o Lanús-ARG, em 2012. Além de marcar o único gol no Maracanã, fez bons desarmes, saiu para o jogo e roubou bola em sua área com direito a toque de letra.

CADU EM ALTA

Substituição no Flamengo em 2013: bastava a plaquinha exibir o número 20, usado por Carlos Eduardo, para tão logo surgir uma enxurrada de vaias. Neste domingo foi diferente. O 10 do Fla no jogo, Mattheus, irritou tanto a torcida que, ao perder chance incrível aos 33 minutos da etapa final, provocou os surpreendentes gritos por Cadu. Quando o meia foi chamado por Jayme de Almeida para entrar, a torcida vibrou. Já Mattheus escutou a primeira grande vaia de sua vida profissional ao ser substituído.

NEGUEBA IMITA BROCADOR

Jogador que tem alegria nas pernas, segundo Vanderlei Luxemburgo, o meia Negueba sempre chamou atenção pelo estilo brincalhão e com as constantes mudanças no cabelo. Neste domingo, voltou aos holofotes ao jogar com uma chuteira de cada cor (a direita era laranja e a esquerda, azul). Mas isso não é novidade. Hernane lançou a moda na final da Copa do Brasil de 2013, contra o Atlético-PR.

REFORÇOS APRESENTADOS

Antes do início da partida entre Flamengo e Audax, o presidente Eduardo Bandeira de Mello apresentou cinco dos sete novos reforços aos flamenguistas presentes ao Maracanã. Bandeira entregou as camisas aos meias Elano, Lucas Mugni e Everton, ao lateral-direito Léo e ao zagueiro Frickson Erazo. Alecsandro, que foi a Belo Horizonte resolver pendências com o Atlético-MG, e Feijão, no banco de reservas, não participaram da cerimônia.

FEIJÃO NO CAMPO

Por já estar devidamente uniformizado e relacionado para o banco de suplentes, Feijão só se apresentou à torcida aos 42 minutos da etapa final, quando substituiu Gabriel. O jogador teve seu nome gritado antes de entrar em ação e, após o jogo, mostrou-se muito satisfeito por ter estreado pelo Rubro-Negro.