"Hoje o Milito demonstrou para o Brasil que três zagueiros não é um sistema defensivo. Ao contrário, é um sistema muito ofensivo", disse Filipe Luís no último dia 10, ao conquistar o pentacampeonato da Copa do Brasil após enfrentar um Atlético-MG que começou com Lyanco, Battaglia e Lyanco na primeira linha. Não só Milito mostrou isso, mas o próprio Flamengo de Filipe se portou assim em seus últimos três jogos. Na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, que garantiu o penta, o Flamengo, mesmo sem precisar se expor, conseguiu 19 finalizações, o mesmo número do Galo. Os mineiros, porém, necessitavam de uma vitória de dois gols de diferença para tentarem o título nos pênaltis. Flamengo enfileira grandes chances na finalíssima O empate em finalizações (19 a 19) quebrou uma série de três partidas em que o Flamengo fora superado no quesito, 11 a 5 contra o Cruzeiro, 10 a 13 diante do mesmo Atlético-MG no primeiro jogo da decisão e 12 a 18 em duelo contra o Inter-RS. Marcante é que 13 das 19 finalizações contra o Galo na partida derradeira da Copa do Brasil aconteceram no segundo tempo, quando o Flamengo ficou a maior parte da etapa com três zagueiros - Fabrício Bruno substituiu Arrascaeta e formou trio de zagueiro com Léo Pereira e Léo Ortiz. Além disso, o Rubro-Negro sobrou em grandes chances: 8 a 2, seis delas criadas na etapa final. Muito volume contra Galo e Cuiabá Na primeira partida em que saiu com três zagueiros, contra o Atlético-MG, três dias após a conquista do penta, o Flamengo fez uma de sua melhores partidas sob orientação de Filipe Luís. É verdade também que foi o segundo 0 a 0 do treinador, mas a partida escancarou um amasso rubro-negro, em especial no primeiro tempo, quando foi para o intervalo com um placar de 14 a 2 em finalizações. O trio defensivo foi formado por Alex Sandro, que já havia atuado como zagueiro na Juventus, Fabrício Bruno e David Luiz. O time perdeu até pênalti, com David, nos 45 minutos iniciais, mas empolgou a torcida, que não protestou diante do tropeço. Desfigurado pela Data Fifa e desfalques, o Flamengo cansou no segundo tempo e não manteve o nível, mas ainda colocou uma bola na trave e terminou com bastante superioridade em finalizações: 25 a 16. É válido destacar que Everson, destaque do Galo na finalíssima da Copa do Brasil, voltou a ter excelente atuação. Na última quarta-feira, o Flamengo voltou a começar com três zagueiros, novamente com Alex Sandro na primeira linha. Desta vez Léo Pereira ficou na sobra, e Fabrício Bruno jogou aberto pela direita. Além de sofrer pouco defensivamente, o time mais uma vez fez um grande primeiro tempo. Catorze das 19 finalizações aconteceram na etapa final, mas a falta de efetividade novamente foi um problema. No segundo tempo, a máxima do "quem não faz, leva" se fez presente em Cuiabá, mas os experientes Bruno Henrique e Michael foram espertos para criarem as jogadas que terminaram decididas pelos jovens Guilherme e Matheus Gonçalves. Sai um, voltam dois Para o confronto direto com o Fortaleza, na próxima terça-feira, às 20h (de Brasília), no Castelão, Filipe Luís tem uma baixa na zaga. Fabrício Bruno recebeu o terceiro amarelo e está fora. Em contrapartida, ele contará com os retornos de Léo Ortiz, que estava com a seleção brasileira, e David Luiz, que não pôde viajar devido a um virose.
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