Flamengo e a Prefeitura do Rio de Janeiro assinaram na manhã desta segunda-feira um termo de compromisso para viabilizar a construção do estádio no Gasômetro com o uso do potencial construtivo da Gávea. O clube estima obter cerca de R$ 500 milhões com o Cepac (Certificado de Potencial Adicional de Construção) da sede rubro-negra. O valor total do estádio está estimado em aproximadamente R$ 2 bilhões . O acordo de intenções com a prefeitura prevê a elaboração de um Projeto de Lei pelo Município para estabelecer uma operação consorciada utilizando a transferência do direito de construir da Gávea ( algo que o Vasco já conseguiu para fazer a reforma de São Januário, porém o rival ainda lida com atrasos para regulamentação ). A questão do Cepac foi o que levou a diretoria a acreditar na viabilidade do estádio sem a necessidade de uma SAF.
A prefeitura não só nos ajudou no processo, ao desapropriar o terreno, ao renegociar todo o potencial construtivo que existia naquele terreno para outras áreas, cedendo isso e trabalhando para que isso fosse feito num processo de mediação com a AGU. Como ainda está nos ajudando para direcionar o potencial construtivo daqui da Gávea como um dinheiro carimbado para a construção do nosso estádio. Fazendo contas rápidas aqui, essa ajuda, a retirada do potencial construtivo de lá e nos oferecer esse potencial construtivo daqui, nos dá um impacto de mais ou menos R$ 1 bilhão para nos ajudar nesse estádio - explicou Rodolfo Landim no início do evento. O evento aconteceu no salão nobre da Gávea e contou com a presença do prefeito Eduardo Paes; do secretário de esportes Guilherme Schleder; do deputado federal Pedro Paulo; do presidente do Flamengo Rodolfo Landim; do vice de patrimônio Marcos Bodin; do vice de futebol Marcos Braz; do CEO Reinaldo Belotti e de dois candidatos à eleição do clube em dezembro: Rodrigo Dunshee, atual vice geral e jurídico, e Maurício Gomes de Mattos.
O Flamengo não ganhou da prefeitura o terreno, pagou um valor adequado por aquilo. É óbvio que a prefeitura manda um projeto de lei mudando a legislação para que não seja cobrado do Flamengo o Cepac ali porque é um investimento de utilidade pública. Flamengo uma instituição paraestatal, que tem uma enorme dimensão pública por mais que tenha uma gestão privada. O normal de qualquer ação dessa é você criar incentivos, benefícios que só podem ser cumpridos pelo poder público. Então nós criamos as condições para o Flamengo . Estamos nos comprometendo a dar plena capacidade ao Flamengo para exercer um direito que já possui (na Gávea). Já que o poder público não permite que o Flamengo construa na área que lhe pertence, esse direito pertence ao Flamengo .
O que estamos fazendo, igual fizemos com o Vasco, é permitir exercer esse direito equivalente a R$ 500 milhões para ajudar na construção do estádio. Recursos que só poderão ser utilizados na construção, vai ser uma exigência da prefeitura - disse o prefeito Eduardo Paes, que complementou: - O projeto só não está indo hoje para a Câmara de Vereadores por um motivo: temos uma legislatura terminando, mais 15 dias de trabalho. Acho que não é adequado tendo em visto que há uma nova câmara eleita, então vamos deixar para a próxima legislatura.
Para a gente é uma alegria permitir que o patrimônio material dessa cidade, por mais que me cause profundo incômodo (como vascaíno), é uma alegria muito grande como prefeito permitir que o Flamengo possa ainda mais consolidar sua posição, mas se Deus quiser perdendo sempre para o Vascão.
Serviu como uma prestação de contas para a prefeitura, vamos dizer, da evolução do projeto e de tudo aquilo que foi cobrado em termos de adequação, as exigências que a prefeitura tinha feito, da parte urbanística também, a adequação dessa obra e toda a urbanização daquela região.
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