O Flamengo realiza nesta segunda-feira (9) a eleição presidencial que definirá o novo mandatário para o triênio 2025-2027. Após um ano marcado por conquistas importantes, como os títulos do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil, além de um sólido terceiro lugar no Campeonato Brasileiro, o clube vive um momento de decisão que pode impactar profundamente seu futuro administrativo e esportivo. Três candidatos conhecidos da torcida disputam a preferência dos sócios: Rodrigo Dunshee, Luiz Eduardo Baptista (Bap) e Maurício Gomes de Mattos.
A votação será realizada no ginásio Hélio Maurício, na sede da Gávea, entre 8h e 21h, com urnas eletrônicas fornecidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). Os sócios foram organizados em grupos por ordem alfabética e devem apresentar documento oficial com foto e CPF. A carteirinha de sócio não será obrigatória. O pleito acontece em um cenário de expectativas e desafios.
Sob a gestão de Rodolfo Landim, o Flamengo acumulou importantes conquistas esportivas, mas também enfrentou crises administrativas. Apesar de ter sido eliminado precocemente na Libertadores, a equipe mostrou resiliência no Brasileirão e assegurou vaga direta na próxima edição da competição ao vencer a Copa do Brasil.
Rodrigo Dunshee, filho do ex-presidente do clube da Gávea, Dunshee de Abranches, da chapa "Unifla", é visto como o herdeiro político da gestão Landim e lidera as pesquisas eleitorais, com 42% das intenções de voto. Ele conta com o apoio de ídolos como Leandro, Andrade, Mozer e Nunes.
Luiz Eduardo Baptista, o Bap, da chapa "Raça, Amor e Gestão", aparece como principal concorrente, com 33% das intenções. Zico, maior ídolo da história do Flamengo, declarou apoio a Bap, destacando sua confiança na liderança do candidato.
Maurício Gomes de Mattos, da chapa "Mengão Maior", apoiado pelo ex-presidente Bandeira de Mello, tem 18% das intenções e busca atrair eleitores indecisos.
O processo eleitoral contará com dez urnas eletrônicas e uma manual para casos excepcionais. São proibidos boca de urna, uso de celulares ou câmeras e o consumo de bebidas alcoólicas na sede do clube. Além de escolher o próximo presidente, os sócios decidirão os rumos de um Flamengo que encerrou a temporada como uma das maiores potências do futebol brasileiro, mas com questões financeiras e administrativas pendentes.
Apesar dos títulos conquistados durante sua gestão, Rodolfo Landim enfrentou críticas pela falta de planejamento e por decisões que geraram instabilidade no clube. O aumento expressivo da dívida, de R$ 48 milhões para R$ 380 milhões, foi amplamente criticado. A compra do terreno no Gasômetro, destinada à construção do novo estádio, foi apontada como um dos fatores principais, mas especialistas como PVC também destacam a má gestão de recursos e os elevados gastos com o futebol.
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