O Fla-Flu que se arrasta nos bastidores desde o fim do ano passado esquentou de vez. Depois das declarações do presidente tricolor, Peter Siemsen, ao ESPN.com.br, de que o Flamengo teria ligação direta com a liminar conseguida por um torcedor do clube na Justiça Paulista, o presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello mostrou irritação e não se furtou em responder.

Ao chegar para assistir ao jogo do Flamengo contra o Volta Redonda no Estádio Raulino de Oliveira, o mandatário rubro-negro negou qualquer participação direta do clube nas ações na Justiça Comum e foi duro na resposta com os tricolores. E aproveitou para alfinetar o advogado Mário Bittencourt, que no julgamento do STJD no dia 27 de dezembro citou um trecho do livro O Pequeno Príncipe em entrevista à ESPN Brasil.

"(Não houve) nenhum tipo de partipação em qualquer tipo de manobra escusa e subalterna como está sendo insinuado, infelizmente, pelo presidente de um clube. Acho que essa questão tem vários contornos. Não sou juiz, não sou advogado, O Pequeno Príncipe não é meu livre de cabeceira. Tudo isso é questão de vergonha na cara e vergonha na cara o Flamengo tem. A torcida do Flamengo jamais admitiria ficar na Primeira Divisão, ficar em um campeonato, se classificar para a Libertadores com qualquer tipo de manobra que prejudicasse um inocente", disparou o presidente do Flamengo.

Questionado sobre a proposta de R$ 4 milhões feita pela CBF à Portuguesa em busca do fim do imbróglio jurídico, Eduardo Bandeira de Mello preferiu sair pela tangente.

"Sobre esse assunto não gostaria de tecer maiores considerações. Vi o que saiu na imprensa. Se eu falasse qualquer coisa seria irresponsável como foi o presidente do Fluminense", disse o presidente.

A liminar concedida pela Justiça de São Paulo ao Flamengo foi suspensa nesta semana e o clube voltou a perder os quatro pontos pela suposta escalação irregular de André Santos contra o Cruzeiro. Embora a liminar conseguida pela Portuguesa seja válida em São Paulo, a existência do mesmo instrumento legal conseguida por um torcedor do Fluminense a Justiça do Rio de Janeiro evidencia um conflito de competência. E, por isso, o resultado do julgamento do STJD do dia 27 de dezembro, com a Portuguesa rebaixado, ainda é válido.