Luiz Eduardo Baptista, o Bap, tomou posse como presidente do Flamengo na última semana e comandará o clube pelo próximo triênio. Uma das primeiras medidas da nova gestão está relacionada ao orçamento do clube. O planejamento de Bap é refazer o orçamento que foi apresentado pela gestão do presidente Rodolfo Landim. O documento foi enviado ao Conselhos nos últimos meses de 2024, mas não chegou a ser votado.
Como houve a troca de gestão - Bap venceu o candidato da situação, Rodrigo Dunshee - o CoAd não irá votar o orçamento neste ano. Desta forma, a gestão que assumirá o clube de fato no dia 1º de janeiro terá a oportunidade de propor um novo orçamento. Além disso, haverá também uma reavaliação do Plano Estratégico Trienal e do orçamento referente a construção do estádio.
O próximo passo para a apresentação do novo orçamento será indicado por Emilio Habibe, presidente eleito no CoAd nesta semana. O Conselho de Administração dará o prazo para que a gestão de Bap apresente os novos números para a temporada. A previsão é que a votação aconteça dentro de 60 dias - a partir de 1º de janeiro.
O processo de transição começou na última quinta-feira, dia 19. A partir desta data, a gestão de Bap começou a trabalhar no fluxo de caixa rubro-negro. Ainda não há um valor fixo a ser apresentado, mas a primeira estimativa é de que o valor será o suficiente para o Flamengo investir em reforços.
Para fechar o orçamento, há a necessidade de uma análise e projeção detalhada, além da confirmação de entradas e de novas receitas, que é um dos focos da gestão de Bap. O presidente acredita que a venda de jogadores pode ser o caminho para o clube ter maior poder de investimento no mercado. – O Flamengo tem que vender mais do que compra, tem que vender mais e melhor do que fez até agora. O fato de termos contratado jogadores de moeda forte nessa segunda janela e não termos vendido ninguém causou um descompasso.
– É desconfortável, teremos que fazer arranjos e muitas vezes temos que dar dois passos atrás para dar mais à frente depois. É preocupante, mas não é fatal – comentou Bap em sua primeira coletiva como presidente. Em 2013, quando Eduardo Bandeira de Mello iniciou o seu primeiro mandato como presidente do Flamengo , o clube viveu uma situação parecida. A gestão precisou refazer o orçamento e, em abril, o Conselho de Administração aprovou os novos números, que na época apontaram uma redução de custos de 15% no campo, 25% no remo e 40% nos esportes olímpicos.
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