José Boto , novo diretor de futebol do Flamengo , concedeu nesta segunda-feira (30) sua 1ª entrevista coletiva após assumir o cargo. Sem ficar em cima do muro, respondeu diversas perguntas espinhosas, como sobre a decisão que teve que tomar sobre manter o técnico Filipe Luís no cargo ou trocar o comandante rubro-negro. O português admitiu que recebeu "carta branca" de BAP, novo presidente flamenguista, para escolher o que faria com Filipe. Após ter "contato diário" com o técnico, ele optou pela permanência. Sem modéstia, Boto destacou sua olho bom para "lançar" treinadores e apostou que o ex-lateral-esquerdo será " top mundial" no futuro próximo. "Tive essa carta branca (para mudar treinador). Analisei, vi muita coisa que gostei, vi muita coletiva, muita entrevista, e depois, o contato diário tem confirmado tudo o que eu pensava", apontou o dirigente. "Se é algo que me orgulho (na carreira), não acertamos sempre, mas, nos treinadores, normalmente não erro", seguix. "O Filipe vai ser um top mundial. Lancei Luis Castro, (Roberto) De Zerbi... O Filipe está na linha dele", complementou. Boto também explicou os fatores que pesou na decisão sobre Filipe Luís e explicou o que levou em consideração para optar pela permanência do técnico. "O DNA do Flamengo é Zico, Júnior Maestro, essa gente toda. Futebol ofensivo, dominante. Temos que dominar. E tudo vai ser feito para respeitar esse DNA", ressaltou. "A escolha do Filipe Luís foi de minha responsabilidade, poderia ter escolhido outro. Acho que sou pioneiro, mais uma equipe, tínhamos no Shakhtar uma equipe de scout de treinador. O dono do clube exigia. Contratávamos treinadores que respeitavam este DNA. Tínhamos sempre uma lista com esse DNA para entrarem no clube. O Filipe foi uma escolha minha e, se falhar, a culpa é minha", bradou. "Isto é profissionalização. Alguém tem que ser responsável quando o treinador falha. É muito fácil, muda o treinador 11 vezes e ninguém tem culpa. Diga-me uma empresa que muda 11 vezes de chefe de produção. O que acontece? Se o Filipe falhar, o culpado sou eu", disparou. "Todos no clube terão que trabalhar como nós queremos. Quem não trabalhar como nós queremos, sai. Depois, se as coisas correrem mal, (saio) eu", assegurou. O dirigente ainda destacou que "fechará o CT" para pessoas que não tenham participação nos trabalhos diários do clube. "Uma das coisas que eu discuti com o BAP é fechar o CT. Acabou a visita de gente que não tem nada a ver com o trabalho diário. Não me interessa quem é. Isso vai acabar", prometeu. "As viagens, vai acabar ir no mesmo avião e estar no mesmo hotel quem nada tem a ver com o futebol. Essa, talvez, sejam as primeiras medidas que eu tomei", observou. "Aqui entra quem tem a ver com o futebol. Se começar a vazar coisas, vamos averiguar", finalizou.