O Flamengo continua a sua pré-temporada nos Estados Unidos, e na tarde desta quarta-feira foi dia de entrevista coletiva com Michael. Depois de uma longa demora, segundo ele porque estava jogando truco, o atacante bateu um papo animado com a imprensa e comparou o técnico Filipe Luís com Jorge Jesus, que fez história no clube. O jogador trabalhou com o treinador português tanto no Rubro-Negro em 2020 quanto no Al Hilal, da Arábia Saudita, nos últimos anos. — Quando cheguei, peguei a bola e toquei para trás, e o Jesus disse: “Se fosse para tocar para trás eu tinha trazido outro”. Isso alimentava minha energia de querer sempre atacar e, às vezes, tomava decisões erradas. Chegava na cara do gol com as pernas cansadas. Com o tempo aprendi que tem que saber os momentos que dá para ir. Trabalhei com ele de novo agora. Lá no Hilal ele me deixava numa posição mais vantajosa, dava liberdade e eu não ia em todas — disse. — O Filipe só é mais jovem, mas quer ganhar. Os treinos tem fundamentos parecidos com o do Mister. A mesma gana de conquistar títulos e construir história. Ele foi um p*** atleta e agora quer ser como treinador. Todo dia leva para a parte do mental e do físico. A única diferença é a idade. Se continuar assim, Filipe vai ser tão vitorioso ou mais. Ele não é o dono da razão, é apto a ouvir. Pessoas assim se equivocam menos e aprendem mais — completou. Outro momento marcante da entrevista foi quando o atacante, que chegou a sofrer depressão no Flamengo na época da pandemia da Covid-19, falou sobree a questão psicológica. Em 2025, o Rubro-Negro contratou Paulo Ribeiro e voltou a ter um psicólogo depois de seis anos sem este tipo de profissional como funcionário do clube. Michael citou um exemplo recente que viveu no Al Hilal: — Meu coração está em paz. Não estou velho (risos), mas mais maduro. Único conselho que eu daria para o meu eu do passado é: "faça terapia que vai te ajudar". Teve um momento que eu queria sair do Hilal, tinha acordo com outro clube, perdi minha mãe e minha avó em poucos dias, e estava mal. Queria sair, e eles falaram que iam me ajudar. Mas eu não estava rendendo, estava mal mentalmente e falei que precisava levar meu psiquiatra para trabalhar comigo. Ele saiu do Brasil, ficou comigo algumas semanas na Arábia e me ajudou muito, ajudou minha equipe e minha família também. Eu não queria ficar porque sentia que estava roubando o clube, que não estava rendendo, mas eles confiaram. Ganhar dinheiro não é fácil, dobra os problemas. Ganhar dinheiro não é fácil, dobra os problemas. Meu conselho para os jovens é 'façam terapia e se preparem para isso'". — Michael, atacante do Flamengo
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Mais tarde, às 15h30 (17h30 de Brasília), o Flamengo fará mais um treino em Gainesville, no estádio Donald Dizney, do futebol feminino. O time fica na cidade até o dia 18, quando embarca para Fort Lauderdale. No dia 19, vai enfrentar o São Paulo no campo do Inter Miami e, em seguida, retornará ao Brasil. Veja outros trechos da coletiva: Problema de finalização — Quando eu cheguei o time estava estruturado, bem treinado, mas todo clube tem alguma falha. Não é a questão de não finalizar, às vezes a gente quer limpar para ver o espaço ou entende a jogada de forma diferente. Eu tento visar sempre o passe, o chute é a última coisa que penso... (conteúdo truncado para encurtar a resposta)
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