O MP-SP já sabe que a Portuguesa tinha conhecimento da suspensão do jogador Heverton, e que, por consequência, tudo indica, foi escalado, de caso pensado, para facilitar a vida de adversários.
Email enviado a Lusa avisando da suspensão já está nas mãos dos investigadores, além da certeza de que, ao chegar aos computadores do Canindé, o mesmo foi aberto.
Há quatro suspeitos de ação direta no episódio: Manuel da Lupa, presidente à época, Osvaldo Sestário, advogado, Heverton, o jogador e também o treinador Guto Ferreira.
Da Lupa, que, na verdade, se chama Manuel da Conceição Ferreira, teria articulado valores que pudessem livrá-lo de suas execuções judicais, repassando parte do montante aos outros envolvidos.
Informações dão conta que sentou-se, antes do fatídico jogo, no Rio de Janeiro, com pessoas ligadas a UNIMED, patrocinadora do Fluminense, que, dias antes, ofereceu-se para quitar salários atrasados do Náutico, se a equipe derrotasse o rival, Vasco da Gama, que lutava, também, contra o rebaixamento.
O escândalo vai ao encontro de informações recebidas pelo blog, no período da ação, mas que, tudo indica, caminham agora para a comprovação, já que a quebra de sigilos bancários, telefônicos e fiscais está por vir.
Em 30/05/2013, comprovamos, com documentos, que Da Lupa tomou mais de R$ 30 milhões em seu nome, com o banco BANIF, mas deu como garantia o patrimônio da Portuguesa, em atitude pra lá de suspeita:
http://blogdopaulinho.wordpress.com/2013/05/30/manoel-da-lupa-quer-entregar-a-portuguesa-para-o-banif/
O vazamento da informação reverteu o quadro, judicialmente, e a Justiça mandou penhorar R$ 17 milhões dos bens de Da Lupa, para abater parte da pendência com o BANIF, conforme publicamos no dia 13/07/2013:
http://blogdopaulinho.wordpress.com/2013/07/13/apos-tentar-prejudicar-a-portuguesa-da-lupa-tem-bens-confiscados-pela-justica/
Sem os bens disponíveis, Da Lupa tomou outro baque, em novembro de 2013, quando a Justiça iniciou processo de execução doutra parcela, do mesmo empréstimo, no valor de R$ 4 milhões (“coincidentemente” o valor que José Maria Marin ofereceu ao clube, recentemente, recusado pelo atual presidente, Ilidio Lico).
Porém, como você perceberá, aos clicar nos documentos abaixo, Da Lupa, ou melhor, Manuel da Conceição Ferreira, no dia 25/11/2013, dias antes da fatídica partida, ingressou com recurso para não quitar os R$ 4,2 milhões, assim como, pouco antes, no dia 11/11/2014, outra ação de segunda instância foi aberto sobre a pendência de R$ 17 milhões.
Acredita, o MP-SP, que ambas as ações foram abertas para que um acordo de pagamento pudesse ser, enfim, realizado, em audiência de conciliação, sanando, sabe-se lá com que origem de dinheiro, os problemas financeiros do ex-presidente da Portuguesa.
Os outros suspeitos, Heverton e Guto Ferreira, já disseram ao MP-SP nada saber, não terem sido avisados da suspensão, e que estranharam a polêmica, após o término do campeonato.
Enquanto Osvaldo Sestário diz que avisou o clube, e nada tem a ver com o que aconteceu, posteriormente.
Será ?
A Portuguesa tem por obrigação apontar seus culpados, sejam eles quais forem, e limpar a barra moral do clube nesse lamentável episódio, o que, nada tem a ver com o fato da CBF ter descumprido o Estatuto do Torcedor e não publicado a decisão em seu site, que, em tese, facilitou a ação daqueles que, supostamente, decidiram quem seria rebaixado à Série B do Brasileirão.
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