Com a testada na bola no primeiro gol do Flamengo, sábado, Alecsandro deu a Jayme de Almeida uma dor de cabeça para curtir. Daquelas boas, que todo treinador quer ter. A estreia teve bola na rede e dedicação de sobra, mesmo fora de posição. Atacante, no melhor estilo camisa 9, Alecsandro buscou jogo como se fosse armador. Agora, Jayme já sabe que, além de artilheiro, o atacante é pau para toda obra. Até para ser parceiro de Hernane.

Alecsandro entrou no lugar de Carlos Eduardo, aos 19 do segundo tempo,e sete minutos depois, em cobrança de falta de André Santos, fez o primeiro gol da reação do Flamengo, que perdia por 2 a 0 e buscou o empate em 2 a 2. Foi o primeiro passo rumo à vaga de titular, um aviso que ele deu logo na chegada ao clube, de que não havia sido contratado para ser reserva.

“Tem jogador que se acomoda. Se eu fosse treinador, ficaria chateado se um jogador meu se acomodasse. A todo momento eu quero jogar”, disse o atacante, que emendou:

“Fiquei feliz. O Jayme me colocou em outra função, me pediu para armar e chegar na frente. Falou para eu pegar a bola com o volante. Foi uma decisão arriscada, poderia ter dado errado, mas deu certo.”

A estreia só não foi perfeita, segundo Alecsandro, porque o Flamengo empatou. Mas o dia seguinte dele teve sabor de vitória. Antenado, o atacante usa os veículos de comunicação como termômetro e se sente aprovado pela crítica carioca.

“É sempre emocionante estrear bem, sentir o torcedor, ser elogiado e viver a atmosfera da imprensa do Rio. Afinal, agora tudo está acontecendo no Rio, sentir o frio na barriga, ver os comentários... Saiu nas capas dos jornais (risos). Quando isso acontece é porque foi positivo”, avaliou.

Jogador que menos teve férias no elenco, Alecsandro diz não estar na sua melhor forma física, mas nem pensa em pedir descanso amanhã, contra o Friburguense: “Quero jogar sempre.”