Elano entrou no Flamengo com o pé direito. Na partida de estreia, contra o Duque de Caxias, a bela cobrança de falta, onde a bola caprichosamente beijou o travessão, já arrancou os primeiros suspiros da torcida rubro-negra. Contra o Friburguense, seu segundo jogo com o Manto Sagrado, o meia repetiu os bons lançamentos e fez mais: seu primeiro gol, aos 24 minutos, batendo com o lado interno do pé e acertando a redonda no ângulo. Para o atleta, o segredo é a felicidade.

"Estou feliz. Isso é o que importa para jogar bem. Estou feliz, leve. Um gol é sempre importante. Já na primeira partida, quase saiu, mas na segunda tive a felicidade. Para sequência, isso é importante. Temos mais três partidas antes do início da Libertadores e estamos no caminho certo", revelou o jogador.

Sem jogar regularmente por alguns meses antes de chegar ao Mais Querido, Elano sonha em voltar ao ápice. O atleta afirma que está ciente do peso da camisa rubro-negra e que o sucesso no clube depende dele.

"Quero voltar a sonhar. O Flamengo é uma dificuldade, uma responsabilidade. Joguei nos dois clubes dos maiores camisas 10 do planeta, Pelé e Zico. Com 32 anos, poderia ir para o Qatar, para China, mas nasci para ser jogador de time grande, para ser cobrado. Assumi a responsabilidade e sei do tamanho dela. Pode dar certo ou não. Vai depender de mim fazer dar certo. Tenho um sonho na minha frente e tenho que sonhar", disse.

Sobre a Copa Bridgestone Libertadores, o meia acredita que os confrontos serão muito mais duros que as partidas do Campeonato Carioca, mas não tira a importância da competição estadual.

"Você não vai encontrar esse tipo de jogo na Libertadores. O bicho pega. Nos estaduais, a obrigação de fazer um bom campeonato é por se tratar de clube grande, que sempre tem que estar bem. É preciso buscar coisas positivas dentro e fora de campo para levar seja qual for a competição", concluiu.