Flamengo e Fluminense, responsáveis pelo consórcio do Maracanã, seguem alinhados em busca de melhorias no complexo. Uma delas acontece no terreno onde era o Estádio Célio de Barros, que por muitos anos recebeu competições nacionais e internacionais de atletismo. As obras são para um estacionamento, que terá vagas à vendas para torcedores que forem assistir aos jogos de suas equipes. Os trabalhos no local acontecem há semanas, com utilização de escavadeiras e outras máquinas. Recentemente, o espaço foi asfaltado. A ação de melhoria faz parte de uma série de investimento que os clubes pretendem fazer. A previsão é de investimento de R$ 186 milhões nos próximos 20 anos.
Atualmente, o terreno é utilizado como estacionamento para ônibus de torcedores que ocupam o setor de visitante do Maracanã. É importante mencionar que haverá uma chapa de metal para separar o estacionamento de veículos dos torcedores mandantes, com o setor para os ônibus dos visitantes. Em dias de jogos no Maracanã, a casa de Flamengo e Fluminense, as ruas que dão acesso ao estádio ficam fechadas. Assim, sem a possibilidade de estacionamento. Ou seja, aqueles torcedores que vão de carro precisam buscar vagas em quarteirões próximos.
Com a alta demanda, moradores do Maracanã e da Grande Tijuca reclamam, constantemente, da "bagunça" nas ruas e até mesmo de brigas entre flanelinhas. - Dia de jogo no Maracanã é certeza de tumulto nas ruas próximas ao estádio. Parece que falta espaço para tantos carros. Sem falar na quantidade de flanelinhas nas ruas. Acredito que com esse novo estacionamento isso pode melhorar um pouco. Se isso acontecer, todos os moradores do bairro vão comemorar - disse André Luiz, de 54 anos.
Importante ressaltar que o complexo do estádio já conta com estacionamentos nos portões 2 ( Av. Rei Pelé) e 9 ( Rua Eurico Rabelo ). Entretanto, o primeiro é apenas para pessoas autorizadas e convidadas. Assim, o novo espaço ampliará o número de vagas.
Construído em 1974, o Estádio de Atletismo Célio de Barros, que já recebeu nomes como Robson Caetano, Maurren Maggi, Michael Johnson, Sergei Bubka e Javier Sotomayor, foi desativado em 2013 (a pista foi totalmente soterrada).
Em 2022, um grupo de ex-atletas e dirigentes do atletismo, liderado por Nelsinho (corredor), propuseram a reabertura do estádio, conversando com setores públicos. Um estudo projetou um custo de R$ 35 milhões para obras no local, que durariam dois anos. O plano, entretanto, não foi para frente. Durante a pandemia da Covid-19, o Estádio de Atletismo Célio de Barros recebeu o Hospital de Campanha do Maracanã. Construído em 38 dias, o espaço contou com 400 leitos.




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