O Flamengo desembarcou no final da manhã desta segunda-feira no aeroporto da Cidade do México, onde estreia na Taça Libertadores deste ano. O voo desde o Rio de Janeiro foi tranquilo para a grande maioria dos atletas. Já o goleiro Felipe passou as mais de oito horas sofrendo. “Eu morro de medo de avião e isso vem desde sempre. Não tem acordo”, admite Felipe, lamentando o fato de estar pelo menos duas vezes por semana no ar.

“O pior de tudo é que eu não consigo parar de suar, a ponto de ter de trocar a camisa. É horrível”. O mais curioso é que o pai de Felipe trabalhou praticamente toda a vida como controlador de voo, em Salvador.

Ou seja, seu dia a dia é comandar os pousos e decolagens de aeronaves. “Eu acho que no fundo, no fundo, todo mundo tem medo de voar. Só que a grande maior não admite”, explica Felipe, que já pediu algumas vezes na carreira para ir de carro para jogos que exigiam viagens de avião. Ele nunca foi atendido. Um astro do futebol que ficou marcado pelo pavor de aviões foi o holandês Dennis Bergkamp.

O atacante exigia em seus contratos uma cláusula que o desobrigava a participar de jogos em que havia necessidade de viagens aéreas. Ou então, ele usava trem para os deslocamentos maiores, indo um dia antes dos demais. Durante a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, Bergkamp tomou uma série de comprimidos e calmantes para conseguir cruzar o Oceano Atlântico – o Mundial ocorreu nos Estados Unidos.