1/2/2013 19:45
Golaço de pupilo faz Zico desabafar contra “otários e aproveitadores”
POR DASSLER MARQUES
Uma atuação impecável no primeiro clássico entre os profissionais do Flamengo. Assim, na noite de quinta-feira contra o Vasco, Rafinha, 19 anos, pavimentou sua afirmação no elenco de Dorival Júnior. Depois de iniciar uma arrancada e servir Cléber Santana para o terceiro gol, ele repetiu a dose e, depois de atravessar o campo com a bola dominada e levar marcadores, deslocou o goleiro Alessandro. Uma vitória não só dele e do novo Fla, mas também do maior ídolo da história rubro-negra.
Rafinha é fruto das categorias de base do CFZ (Centro de Futebol do Zico) e surgiu na filial de Brasília. Em 2010, ainda diretor executivo, Zico firmou parceria para que o Flamengo recebesse as principais revelações de seu clube – os direitos econômicos seriam divididos 50% a 50%. Em troca, o CFZ ficaria com jogadores jovens não aproveitados. A união foi o estopim da perseguição que Leonardo Ribeiro, o Capitão Léo, presidente do Conselho Fiscal, fazia sobre o então dirigente. Zico, ofendido e sem respaldo, pediu as contas. Ao Terra, nesta manhã, desabafou.
“Foi duro falar para o Rafinha esperar que a hora dele chegaria”, explica Zico. “Ele foi campeão carioca juvenil, da Copa São Paulo, da OPG (espécie de carioca de juniores). Mas ele é centrado, se preparou e mostrou que pode ser útil. Isso é para os otários que falavam besteiras. O que vão dizer? São aproveitadores do futebol e não são do futebol. São da fofoca e da política. É gente que nunca fez nada no futebol”, dispara na direção de Capitão Léo.
Em 2010, no auge da polêmica, Leonardo chegou a dizer: “O filho do Bebeto (Mattheus) foi afastado para entrar um jogador chamado Rafinha, que veio do CFZ”, criticou. Como a gestão de Patrícia Amorim não renovou o contrato de Mattheus, que se encerra neste ano, a atual direção fez negócio com a Juventus, da Itália, para não perdê-lo de graça. Agora, outra pergunta a Zico: você acha coincidência que as oportunidades só chegaram a Rafinha depois que o clube trocou de presidente?
“Não é coincidência, talvez falta de conhecimento. As pessoas agora deram as informações mais corretas. Tentaram todos jogadores (da base) para jogar pelo lado do campo e nenhum fez o que ele fez contra o Vasco”, reclama Zico. Ele cita que Adryan, Negueba, Thomás e Mattheus foram escalados dessa maneira nos profissionais. “Ainda é muito cedo, mas poucos fizeram o que ele já fez”, diz sobre o atacante que também operou o joelho no último ano.
Rafinha não é o único fruto que o Flamengo deve colher graças à parceria com o CFZ. Romário, outro observado por Dorival nos profissionais, é mais uma promessa para o ataque. Douglas Baggio, principal jogador da base flamenguista e autor de mais de 70 gols pelos juvenis, em 2012, também. O volante Jadson e o lateral direito Gilberto também foram levados por Zico para o Fla, mas acabaram dispensados. Hoje, são titulares do Botafogo.
Ouvido pelo Terra, Leonardo disse ter “ficado feliz em dobro” pelo bom futebol de Rafinha. Ele afirmou que o Conselho Fiscal, no episódio entre Zico e CFZ, trabalhou em prol do clube. Sobre os méritos do ex-diretor na prospecção do atacante, Capitão Léo afirmou: “ele teve um papel muito bom, acho que ele pode nos ajudar, ajudar o Flamengo. Era o que queríamos na época”, disse.
Por contrato, 50% dos direitos pertencem ao Flamengo. O fundo investidor MFD tem 20%, enquanto o CFZ-RJ, que pertence a Zico, tem 15%. Os demais 15% pertencem ao CFZ-DF, de outros proprietários.
2585 visitas - Fonte: Terra
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