Nicolás Laprovittola é o armador do Flamengo (Foto: Caio Casagrande/Bauru Basket)

Neste sábado, a partir das 10h, o NBB mundo será comandado por um jogador que pode se considerar uma exceção no Jogo das Estrelas. O argentino Nicolás Laprovittola, do Flamengo, será um dos dois únicos de seu país ao lado dos dez americanos da equipe, e, por isso, diz que sentirá um gosto especial se conseguir superar o NBB Brasil.

Mas não é só a nacionalidade que torna Laprovittola uma exceção. Armador de estilo cadenciado e passador em meio a uma liga em que os jogadores da posição gostam de atacar a cesta, o maestro do Mengão, aos 24 anos de idade, tomou uma decisão rara para jovens argentinos de seu país ao optar por uma mudança para o NBB para continuar o seu desenvolvimento.

- Foi uma decisão importante para crescer, ganhar experiência, jogar em outra liga. Várias coisas me seduziram para vir ao Brasil, para vir ao Flamengo, e estou satisfeito - disse o armador, ao LANCE!Net.

Em sua primeira temporada no NBB, Laprovittola, que atendeu à reportagem com uma camisa da Universidade da Carolina do Norte com o nome e o número de Michael Jordan, disputou 23 jogos pelo Flamengo, e vem se destacando ao apresentar médias de 16,9 pontos e 4,9 assistências em 34,1 minutos por exibição. Suas boas atuações o renderam uma vaga no NBB mundo, dominado por americanos: serão dez neste sábado.

Na partida, o jogador promete não deixar a tradicional rivalidade Brasil x Argentina de lado. De acordo com ele, sempre tem sabor especial vencer os vizinhos sul-americanos, seja em quadra ou no videogame.

O exemplo não foi citado em vão. Laprovittola, que já se sente adaptado ao Rio de Janeiro e ao time do Flamengo, gosta de jogar games de futebol contra o ala Marcelinho Machado e o ala-pivô Olivinha para passar o tempo. Segundo ele, que diz não ter uma equipe preferida para comandar, o placar de vitórias entre o trio costuma ser equilibrado.

Antes de atuar pelo Flamengo, Laprovittola, que já tem passagens pela seleção argentina, jogou pelo Lanús, outra equipe com forte torcida por sua ligação ao futebol. Mesmo com essa experiência, sobram elogios à nação Rubro-Negra.

- Acho que todos os brasileiros sabem como é a torcida: apaixonada, louca, seguidora - declarou.

Em Fortaleza, porém, ele estará contra a torcida. Mais um tempero para sentir o gosto da rivalidade.

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Será sua primeira vez no Jogo das Estrelas. Quais as expectativas?
Já tive experiência na Argentina no ano passado. Agora, é aproveitar o evento, aproveitar a oportunidade de estar com grandes jogadores. Isso é importante para mim.

Gosta da ideia Brasil x Mundo?
Sim, é bom. Assim como acontece na Argentina, os estrangeiros são parte importante da Liga. Ajudam muiato. Eu acredito que esse formato seja legal.

Se sente adaptado ao Rio? O que faz para passar o tempo?
Estou gostando muito do Rio de Janeiro. Eu vou muito à praia, e gosto de receber meus amigos e minha família também.

DUPLA ARGENTINA FOI 'ESQUECIDA'

Na quinta-feira, o armador Desmond Holloway, do Paulistano, e o pivô DeVon Hardin, do Basquete Cearense, representaram o NBB Mundo na coletiva oficial do Jogo das Estrelas e "esqueceram" Nicolás Laprovittola, do Flamengo, e Pablo Espinoza, do Macaé. Os dois jogadores disseram, durante o evento, que o jogo festivo seria brasileiros x americanos.

* O repórter viaja a convite da LNB